Nesta terça (11/6), o advogado e lobista Hunter Biden, filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi considerado culpado por posse ilegal de arma de fogo. É a primeira vez que o filho de um presidente norte-americano é condenado por um crime durante o mandato do pai.
Hunter foi acusado de mentir sobre seu vício em drogas para comprar uma arma. Ao comprar um revólver calibre .38, em 2018, o filho de Biden teria declarado falsamente que não consumia drogas ilegais.
Em sua defesa, Hunter alegou que não se considerava um viciado naquele momento e que não usa drogas desde 2019. Ele foi considerado culpado em três acusações. Hunter também foi condenado pela posso ilegal da arma de fogo: Ele manteve a arma comprada em 2018 por 11 dias.
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A condenação foi anunciada pelo júri, mas a sentença ainda não foi definida. Hunter pode pegar até 25 anos de prisão e ser obrigado a pagar uma multa de até US$ 750 mil (cerca de R$ 4 milhões, pela cotação atual). Segundo a emissora americana CNN, a pena deve ser muito mais leve porque o filho de Biden é réu primário e não tem antecedentes criminais.
Hunter não depôs durante o julgamento. A primeira-dama Jill Biden assistiu às sessões em Wilmington, Delaware, cidade-natal dos Biden, por vários dias. Joe Biden não compareceu, mas disse que ele e sua esposa estavam “orgulhosos” de Hunter. Em comunicado, o presidente afirmou:
“Como presidente, não faço comentários sobre casos federais pendentes. Como pai, tenho um amor infinito, confiança e respeito pela força de meu filho”.
Na saída do tribunal, Hunter Biden não falou com a imprensa. Ele também enfrenta, no momento, acusações de evasão fiscal na Califórnia.
Os problemas legais do filho do presidente complicam os esforços dos democratas para manter o foco em Donald Trump, que recentemente se tornou o primeiro ex-presidente condenado por um crime na Justiça dos EUA. Trump disputará com Biden a eleição presidencial do país, em novembro.
*Com informações de UOL