
FBI prende ex-treinador de ginástica acusado de abuso sexual de menores nos EUA
Apesar disso, como as famílias não levaram os casos à Justiça, as investigações perderam força, permitindo que Gardner continuasse em liberdade e até fosse contratado em um hospital estadual.

Mais de três anos após as primeiras denúncias, o FBI prendeu Sean Gardner, ex-treinador de uma academia de elite de ginástica nos Estados Unidos, acusado de exploração sexual de menores. O caso reacende os traumas no esporte, ainda marcado pelo escândalo envolvendo Larry Nassar, ex-médico da Federação de Ginástica, condenado por molestar centenas de atletas.
As investigações apontam que Gardner foi denunciado por diferentes jovens enquanto trabalhava no Instituto Chow de Dança e Ginástica, em Iowa, centro reconhecido por formar atletas olímpicos. Além dos abusos, ele também é acusado de instalar uma câmera escondida no banheiro feminino de uma academia no Mississippi para filmar meninas durante o banho, segundo o FBI.
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Gardner ganhou espaço rápido na instituição, chegando a dirigir um evento anual com mais de mil ginastas e a treinar a equipe olímpica júnior nos quatro anos em que atuou no instituto. Mesmo assim, denúncias de atletas sobre “técnicas inapropriadas de apoio”, como colocar a mão entre as pernas de alunas durante saltos, começaram a surgir em 2022.
A primeira vítima relatou os abusos ao US Center for SafeSport, entidade criada após o caso Nassar para combater crimes sexuais no esporte. Meses depois, uma segunda atleta também denunciou o treinador. Apesar disso, como as famílias não levaram os casos à Justiça, as investigações perderam força, permitindo que Gardner continuasse em liberdade e até fosse contratado em um hospital estadual.