Nesta sexta-feira (20), o Egito deve abrir a fronteira para abastecer os palestinos com recursos de primeira necessidade, como alimentos, combustíveis e medicamentos. A permissão veio após Israel acatar o pedido do presidente americano, Joe Biden. O tratado, juntamente com o Egito, permite a entrada de ajuda e fica condicionado que o grupo Hamas não terá acesso aos suprimentos.
Em Rafah, cidade fronteiriça ao sul da Faixa de Gaza, a expectativa é pela recepção dos caminhões, anunciados por Biden, após conversa com o governo egípcio, na quarta-feira (18).
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Segundo informações do Metrópoles, mesmo com a entrada dos mantimentos, o trânsito dos caminhões, em Gaza, não significa a liberação de um corredor humanitário, que seria a área livre de ataques para retirada de civis e chegada de ajuda.
Alívio momentâneo na situação
Desde o início da guerra, no dia 7 de outubro, medidas foram implementadas por Israel que cercou a Faixa de Gaza, para enfraquecer o Hamas. Porém, os cortes de suprimentos, energia e água também causou danos à população palestina de forma geral.
Segundo o jornal Times of Israel, mesmo que ajude a aliviar a situação, a abertura da fronteira para a entrada dos primeiros veículos não é suficiente para abastecer a população de mais de 2 milhões de habitantes. Paralelamente, mais de 100 caminhões aguardam liberação para cruzar a fronteira.
Apesar do recuo, o governo israelense se mantém firme na ofensiva contra o Hamas e tem dado indicação de que, a qualquer momento, invadirá a Faixa de Gaza em uma incursão terrestre.
Nessa quinta-feira (19), o ministro da Economia de Israel, Nir Barkat, afirmou que o exército israelense tem “sinal verde” para invadir a Faixa de Gaza quando estiver pronto. A prioridade de Israel, segundo ele, será destruir o Hamas.
Relatório da Guerra
De acordo com as Forças de Defesa israelense, desde o início do conflito de Israel e Hamas, morreram mais de 5 mil pessoas, sendo 1,4 mil vítimas israelenses e 3.785 mortos palestino conforme dados do Ministério de Saúde palestino.
A região da Faixa de Gaza está sem energia desde 11 de outubro, quando a usina de geração de energia ficou sem combustível, o que levou a crise humanitária, de acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, sigla em inglês).
O relatório destaca que os moradores da Faixa de Gaza teriam estoques comerciais de produtos alimentares essenciais por poucos dias.
“O apagão interrompeu a segurança alimentar ao afetar a refrigeração, a irrigação das culturas e os dispositivos de incubação das culturas, prejudicando consequentemente vários meios de subsistência, incluindo aves, gado, peixes e outros produtos”, detalha.
Entre outros itens, destacados no texto está que a prestação de ajuda humanitária tem sofrido dificuldades na Faixa de Gaza, seja por meio de hostilidades, seja pela dificuldade de acesso a recursos essenciais, como água, combustível e medicamento.
*Com informações Metrópoles