O Exército israelense está se preparando para uma possível incursão terrestre no Líbano, disse o tenente-general Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior, nesta quarta-feira (25/9).
Num comunicado a soldados, Halevi afirmou:
“Vocês ouvem os jatos acima; estamos atacando o dia todo. Isso é tanto para preparar o terreno para sua possível entrada quanto para continuar degradando o Hezbollah”.
No comunicado, Halevi ainda diz que Israel está “preparando o processo de uma manobra”:
“Isso significa que suas botas militares, suas botas de manobra, entrarão em território inimigo, entrarão em vilas que o Hezbollah preparou como grandes postos militares, com infraestrutura subterrânea, pontos de parada e plataformas de lançamento em nosso território e realizar ataques a civis israelenses.
Sua entrada nessas áreas com força, seu encontro com agentes do Hezbollah, mostrará a eles o que significa enfrentar uma força profissional, altamente qualificada e experiente em batalha.
Vocês estão chegando muito mais fortes e muito mais experientes do que eles. Vocês entrarão, destruirão o inimigo lá e destruirão decisivamente sua infraestrutura. Essas são as coisas que nos permitirão retornar com segurança os moradores do norte depois”.
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Há alguns dias Israel lançou uma ofensiva contra o grupo terrorista Hezbollah, incluindo um suposto ataque com pagers e dispositivos de comunicação carregados com explosivos. Em troca, o Hezbollah promoveu um ataque à Tel Aviv, capital israelense, na terça (24). O bombardeio ao kibutz Saar deixou três pessoas feridas, segundo a agência de notícias Reuters.
Com o aumento dos ataques, as Forças de Defesa de Israel anunciaram a convocação de reservistas para reforçar a luta na região norte do país.
Em novo ataque anunciado hoje, Israel também afirmou que seus caças conseguiram atingir 60 alvos da Diretoria de Inteligência do Hezbollah. Autoridades libanesas confirmaram 15 mortes decorrentes de ataques israelenses nesta quarta.
Uma incursão por terra escalaria o conflito no Oriente Médio, e as grandes potências temem que se inicie uma “guerra total” na região. Nesta quarta, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse à rede de TV norte-americana ABC ser possível que haja uma guerra total, mas que também dá pra evitá-la. Ele afirmou:
“Uma guerra total é possível, mas eu acho que há também uma oportunidade, e ainda estamos a tempo de ter um acordo que fundamentalmente pode mudar toda a região”.
Com informações de CNN Brasil e G1.