Nesta quarta-feira (1º), o Itamaraty, em sua ultima passagem presidencial no Conselho de Segurança das Nações Unidas, disse em seu balanço de encerramento, que os Estados Unidos vetaram novamente a resolução construída pelo Brasil sobre a guerra entre Israel e o Hamas.
Foram 12 votos a favor, duas abstenções e o voto contrário dos EUA. Os norte-americanos têm a prerrogativa de vetar uma resolução já que são uma das nações com assento permanente no Conselho de Segurança. China, França, Rússia e Reino Unido possuem o mesmo status.
“Na qualidade de presidente de turno do Conselho de Segurança, o Brasil buscou acordo em torno da cessação de hostilidades, da proteção da população civil e do alívio da situação humanitária na Faixa de Gaza. Até as últimas horas de sua presidência, o país trabalhou para aprovar um documento que determinasse a realização de pausas humanitárias, a libertação de reféns e a saída de civis que assim o desejassem de Gaza”, afirma o Itamaraty.
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Reforma do Conselho de Segurança
O Ministério das Relações Exteriores expressou que a atuação brasileira no Conselho de Segurança da ONU teve ênfase na busca pela paz e da proteção civil. Mas o Itamaraty disse que teve muito embate por conta de recorrentes vetos e das dificuldades para sua atuação, confirmando a necessidade de uma reforma para tornar o Conselho mais representativo, legítimo e eficaz.
O Brasil ocupa hoje uma das 10 vagas no Colegiado para membros não permanentes. O mandato termina em 31 de Dezembro de 2023. Esse foi o 11º mandato brasileiro, sendo o segundo maior participante, ficando atrás apenas para o Japão.