A arma usada para matar o CEO de uma seguradora de saúde em Manhattan, no centro de Nova York na semana passada, pode ter sido feita em uma impressora 3D, segundo o Departamento de Polícia de Nova York. A arma foi encontrada junto com o suspeito do crime, Luigi Mangiore, 26 anos, preso na segunda (9/12).
O crime aconteceu em 4 de dezembro, em frente a um hotel de luxo de Nova York. O CEO Brian Thompson, de 50 anos, foi morto após ser baleado várias vezes. O atirador conseguiu fugir, e a polícia mobilizou uma caçada humana pelo homem.
O suspeito foi preso em uma lanchonete do McDonald’s na cidade de Altoona, na Pensilvânia, após um funcionário o reconhecer e chamar a polícia. O FBI oferecia uma recompensa de US$ 50 mil (R$ 300 mil) por informações sobre paradeiro do assassino.
Joseph Kenny, chefe dos detetives de Nova York, afirmou em uma coletiva de imprensa que o suspeito estava uma espécie de “arma fantasma”, ou seja, foi feita por partes, de forma caseira. Ela também não tinha número de série, exigido por lei.
Kenny disse:
“Pelo que sabemos até agora, a arma parece ser uma arma fantasma, que pode ter sido produzida em uma impressora 3D e capaz de disparar uma bala de 9 mm”.
Thompson foi morto por balas de 9 mm.
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O fato de a pistola não possuir um número de série e, provavelmente, ter sido produzida de forma caseira pode dificultar as investigações, porque a polícia terá mais dificuldades para determinar como o suspeito conseguiu ter acesso à arma.
Luigi passou a noite sob custódia do Departamento de Correções da Pensilvânia e deve ser transferido para Nova York. Ele foi preso por apresentar um documento falso e por posse ilegal de arma. A polícia trabalha com a hipótese de que ele agiu sozinho no assassinato de Brian Thompson.
Quando a polícia de Altoona perguntou se ele já tinha ido à Nova York, ele começou a tremer, segundo o documento de acusação.
A UnitedHealth Group faturou US$ 100 bilhões no terceiro trimestre de 2024. A UnitedHealthcare, administrada pela vítima, é um braço da companhia que administra produtos de saúde, como Medicare e Medicaid, para pessoas idosas e de baixa renda, financiados pelos orçamentos estatais. Segundo informações, a empresa é a que mais nega pedidos de pacientes para cobertura de cirurgias e tratamentos. Os Estados Unidos são o único país desenvolvido que não possui sistema universal de saúde.
Luigi é considerado um ativista anticapitalista por seus posts publicados na internet, segundo informações do jornal New York Post. O jovem odiava a comunidade médica pela forma que seus parentes eram tratados em unidades de saúde, disse uma fonte ao NYP.
*Com informações do UOL e G1.