Nesta quinta (4/7), a revista britânica publicou um editorial defendendo que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desista de disputar as eleições em novembro. A imagem usada para ilustrar a publicação mostra um andador, acompanhado de uma legenda que diz, em tradução livre, “esse não é jeito de comandar um país”.
A candidatura de Biden, de 81 anos, passou a ser questionada desde o debate, na semana passada, entre os candidatos à eleição presidencial, onde o atual presidente enfrentou o ex-mandatário, o republicano Donald Trump.
No editorial, a Economist disse ter sido “agoniante” assistir a um “homem idoso e confuso” lutando para lembrar de palavras e fatos. A tentativa da campanha de Biden de minimizar seu desempenho, no entanto, “é ainda mais tóxica”, segundo a revista.
Ainda segundo a revista, a performance de Biden agora indica risco de o democrata perder até em estados antes considerados seguros como Virgínia, Minnesota e Novo México.
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O editorial da Economist também afirma que o presidente não tem culpa do seu “declínio”, mas sua família e sim. O texto diz:
“Seus apoiadores argumentam que aqueles terríveis 90 minutos não devem ofuscar os últimos três anos e meio. Mas o que importa é se eles fazem projeções para os próximos quatro. Estão sendo leais ao país ou às suas carreiras?”.
Por fim, a revista argumenta:
“Sua incapacidade de contra-argumentar contra um oponente fraco [Trump] foi desanimadora. Mas a operação de sua campanha para negar o que dezenas de milhões de americanos viram com seus próprios olhos é ainda mais tóxica (…). Existe uma outra opção. Biden deve desistir da campanha. (…) A virtude da democracia é que os eleitores podem escolher seus governantes, mas Biden e Trump oferecem uma opção entre o incapaz e o abominável. Os americanos merecem coisa melhor”.
The presidential debate was awful for Joe Biden, but the cover-up has been worse. The dishonesty of his campaign provokes contempt. He must withdraw https://t.co/RijgS4gDI2 pic.twitter.com/NcsrEVPwdx
— The Economist (@TheEconomist) July 4, 2024
Desde o debate, a imprensa dos EUA aventou nomes de possíveis democratas que poderiam se candidatar caso Biden desista, incluindo até o da ex-primeira-dama Michelle Obama – em recente pesquisa, ela foi apontada como a única capaz de vencer Trump.
Até o momento, no entanto, o presidente mantém que não desistirá da candidatura.
*com informações do UOL.