
Governo Americano ameaça cancelar vistos de estrangeiros, incluindo os residentes nos EUA

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (21/8) que pode cancelar qualquer visto já concedido a estrangeiros, incluindo de pessoas que já estejam morando no país.
A decisão pode atingir turistas brasileiros e também quem possui vistos de trabalho ou estudo. Até mesmo quem ainda não viajou, mas já obteve a autorização em consulados no Brasil, está sujeito à medida.
Segundo o Departamento de Estado, todos os mais de 55 milhões de vistos ativos em todo o mundo estão passando por revisão. Se for constatada alguma violação das regras de imigração, o documento será imediatamente anulado, e o portador poderá ser deportado, caso já esteja nos EUA.
A pasta ressaltou ainda que os titulares de visto passam por uma “verificação contínua”, em busca de indícios de inelegibilidade. Nesta semana, a Casa Branca informou que também levará em conta manifestações de “antiamericanismo” na análise de novas solicitações. O processo de triagem ficará a cargo do Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA.
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“Revisamos todos os dados disponíveis, incluindo registros policiais e de imigração, além de informações que possam surgir após a emissão do visto, que indiquem uma potencial inelegibilidade”, afirmou o Departamento de Estado.
Outra medida recente envolve estudantes estrangeiros: desde junho, quem solicitar esse tipo de visto deverá manter todas as redes sociais acessíveis para monitoramento pelas autoridades. No entanto, o governo americano não confirmou se esse mesmo critério será usado na possível revogação de vistos já concedidos.
Ainda de acordo com Washington, o número de vistos cassados em 2025 já é o dobro do registrado no mesmo período do ano passado.
Também nesta quinta (21/8), o secretário de Estado Marco Rubio anunciou a suspensão da emissão de vistos de trabalho para motoristas de caminhões comerciais. Segundo ele, o aumento de estrangeiros conduzindo veículos de grande porte nas estradas do país representa risco à segurança e ameaça o mercado dos caminhoneiros americanos.