Nesta quinta-feira (26), os Estados Unidos e a China divulgaram imagens e trocam acusações de manobras provocativas ao redor do Mar da China Meridional. O episódio de um caça chinês sobrevoar três metros próximo a um bombardeiro B-52 da Força Aérea dos EUA, criou conflitos entre os países.
“O piloto chinês “voou de maneira insegura e pouco profissional, demonstrou falta de pilotagem ao se aproximar com velocidade excessiva descontrolada, voando abaixo, na frente e a menos de 3 metros do B-52, colocando ambas as aeronaves em perigo de colisão”, disse o Comando Indo-Pacífico dos Estados Unidos em um comunicado.
“Estamos preocupados de que este piloto não soubesse o quão perto esteve de causar uma colisão”, continuou.
A notícia da presença do caça chinês coincide com a chegada do ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, a Casa Branca, nesta sexta-feira (27).
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Segundo a CNN Brasil, não está claro se a reunião será uma discussão formal ou um encontro mais informal. Wang também deverá se reunir com o secretário de Estado, Antony Blinken, e com o conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan.
Biden e o presidente chinês, Xi Jinping, também podem se reunir à margem da Cúpula da APEC em São Francisco, no próximo mês, embora nenhum dos lados tenha confirmado os planos.
A resposta chinesa
O Ministério da Defesa da China divulgou um vídeo durante uma coletiva de imprensa regular, dizendo que o USS Ralph Johnson “conduziu assédio próximo” contra um grupo-tarefa da marinha chinesa que realizava treinamento de rotina no Mar do Sul da China em 19 de agosto.
O porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Wu Qian, disse que o vídeo “mostra que o lado dos EUA é o verdadeiro provocador, quem assume riscos e perturbador”.
Wu afirmou que as ações do navio de guerra dos EUA “põem em perigo a segurança nacional da China” e acrescentou que a China “tomaria todas as medidas necessárias para salvaguardar resolutamente a soberania nacional”.
“Os caças dos EUA que vêm até nós para exercícios à nossa porta são a causa raiz dos riscos de segurança aérea e marítima”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, em resposta a uma pergunta para comentar o incidente na sexta-feira.
*com informações CNN Brasil