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Estados Unidos volta atrás em plano de assumir controle da Faixa de Gaza por meios militares

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que seu governo pretende assumir o controle da Faixa de Gaza e liderar o processo de reconstrução do território palestino. A declaração foi feita na Casa Branca, na última terça-feira (4/2), durante um encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. No entanto, a Casa Branca esclareceu nesta quarta-feira (5) que a proposta não envolve o envio de tropas americanas para o enclave.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, reforçou que os EUA não pretendem financiar a reconstrução de Gaza, mas querem garantir a estabilidade na região. “Isso não significa que haverá tropas em Gaza”, afirmou.

Outro ponto recuado pelo governo foi a sugestão de retirada permanente dos palestinos do território. A porta-voz afirmou que Trump está comprometido apenas com uma “realocação temporária” dos moradores.

Na coletiva de terça-feira, Trump sugeriu que os Estados Unidos administrem Gaza e transformem a região em um centro de desenvolvimento econômico. Segundo ele, o território poderia atrair investimentos e se tornar “a Riviera do Oriente Médio”, com pessoas de diferentes partes do mundo vivendo ali.


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“Ter aquele pedaço de terra, desenvolvê-lo, criar milhares de empregos. Vai ser realmente magnífico”, declarou.

Trump também disse que os palestinos deveriam deixar Gaza permanentemente e mencionou Jordânia e Egito como possíveis destinos para os deslocados. Ambos os países rejeitaram a proposta. O ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, afirmou que seu país não aceitará refugiados palestinos. “A Jordânia é para os jordanianos e a Palestina é para os palestinos”, declarou.

Em resposta às declarações do presidente americano, a Arábia Saudita reiterou que não estabelecerá relações diplomáticas com Israel enquanto um Estado Palestino não for criado.

Durante o encontro, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, evitou se posicionar sobre o plano de Trump para Gaza. Ele afirmou que os principais objetivos de Israel no território palestino são a libertação de reféns e a eliminação de ameaças à segurança do país.

No entanto, o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, um dos principais nomes da extrema direita israelense, elogiou a proposta de Trump. Em um comunicado, ele afirmou que a ideia de reassentar os palestinos fora de Gaza seria “excelente”.

A Faixa de Gaza tem sido palco de intensos conflitos entre Israel e o Hamas, que controla a região. A guerra, que se intensificou nos últimos 15 meses, já deixou mais de 40 mil mortos e gerou uma grave crise humanitária no território.

Até o ano passado, os Estados Unidos se posicionavam contra o deslocamento forçado dos palestinos e defendiam a solução de dois Estados, com a criação de um Estado Palestino coexistindo com Israel. O ex-presidente Joe Biden era um dos defensores dessa abordagem.

A proposta de Trump, que sugere a saída permanente dos palestinos de Gaza, levanta preocupações sobre o impacto na viabilidade de um futuro Estado Palestino e pode acirrar as tensões na comunidade internacional.

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