Hoje, delegações russa e ucraniana realizam o terceiro dia seguido de conversações visando o fim da guerra na Ucrânia. O próprio presidente ucraniano Volodymyr Zelensky declarou que as negociações “parecem mais realistas agora”, embora também tenha pedido por mais tempo “para que as decisões sejam do interesse da Ucrânia”. Já o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou que “há alguma esperança de compromisso”.
Depois de três semanas de conflito – hoje é o 21o. dia da guerra – os dois governos parecem estar em um impasse. A Ucrânia deseja o fim dos ataques, com Zelensky sinalizando ontem abertamente que o país não deverá entrar na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), um dos principais motivos para o conflito. Já a Rússia parece empacada, com tropas nos arredores da capital Kiev sem avançar, e as forças militares do país não conseguiram tomar nenhuma das grandes cidades ucranianas.
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O Kremlin afirmou que os lados estão discutindo um status para a Ucrânia semelhante ao da Áustria ou da Suécia, membros da União Europeia que estão fora da aliança militar da OTAN.
As negociações de hoje ocorrerão por videoconferência. Ainda hoje, também por videoconferência, Zelensky falará com congressistas dos Estados Unidos e pedirá ajuda para seu país. Ele afirmou:
“Podemos e devemos lutar hoje, agora. Podemos e devemos defender nosso Estado, nossa vida, nossa vida ucraniana. Podemos e devemos negociar uma paz justa, mas justa para a Ucrânia, com garantias reais de segurança que funcionarão”.