O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) votou, nesta sexta-feira (5/4), resolução para que Israel seja responsabilizado por possíveis “crimes de guerra” e “crimes contra a humanidade” na Faixa de Gaza.
Na resolulão, ONU indica que nações parem de vender ou enviar armas a Israel. Os armamentos estão sendo usados na guerra contra o Hamas.
Dos 47 países membros do Conselho, 28 votaram a favor, incluindo o Brasil, que em subindo o tom contra o conflito. Já 13 nações abstiveram-se e seis foram contra a resolução, incluindo os Estados Unidos e a Alemanha. Israel, por sua vez, classificou o texto da medida como “distorcido”.
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Essa é a primeira vez que a instância de direitos humanos adotou um posicionamento deste tipo sobre o conflito e recebeu uma série de aplausos por demonstrar a imensa preocupação com relatos de graves violações dos direitos humanos e graves violações do direito humanitário internacional, incluindo possíveis crimes de guerra e crimes contra a humanidade no Território Palestiniano Ocupado”.
No documento, o conselho apela aos investigadores independentes da ONU para que eles identifiquem armas, munições e qualquer equipamento de “dupla utilização” (contra militares e civis). A medida duraria até que os israelenses liberem água e ajuda humanitária aos palestinos.
Outras medidas
Na semana passada, a relatora especial sobre direitos humanos nos Territórios Ocupados, Francesca Albanese, apresentou o relatório final do caso ao Conselho, no qual declarou que a ação militar de Israel na Faixa de Gaza é genocídio e pediu aos países que imponham imediatamente sanções e um embargo de armas ao governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
Desde outubro passado, a operação de Israel contra o Hamas já matou mais de 33 mil palestinos em Gaza. O território está destruído, com mais de 1 milhão de pessoas deslocadas, que lutam contra a fome, a sede, a falta de assistência médica e de suprimentos básicos de higiene. Ainda, há centenas de denúncias contra Israel por dificultar a ajuda humanitária aos civis.
Diante do cenário, o Conselho destacou “a necessidade de garantir a responsabilização por todas as violações do direito internacional humanitário e do direito internacional dos direitos humanos, a fim de acabar com a impunidade”.
*Com informações Metrópoles