As forças israelenses cercaram o Hospital Al-Amal e o Hospital Nasser, no sul de Gaza, neste domingo (24/03), disse a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS), descrevendo bombardeios intensos e tiros pesados.
“Todas as nossas equipes estão em extremo perigo neste momento e não conseguem se mover. Eles também não conseguem enterrar o corpo do nosso colega Amir Abu Aisha no pátio do hospital”.
De acordo com a CNN Brasil, ambos os hospitais foram cercados por forças israelenses por períodos prolongados no início deste ano. Além do hospital Al-Shifa, o maior de Gaz, que continua com cerco de militares israelitas desde o início da semana.
As tropas de Força de Defesa de Israel (FDI) “apreenderam aproximadamente 480 terroristas afiliados às organizações terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica e localizaram armas e infraestrutura terrorista no hospital”, disse a FDI em uma atualização neste domingo.
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Pelo menos 32.226 pessoas morreram em Gaza desde os ataques de 7 de outubro, com quase 75 mil feridos, informou o Ministério da Saúde de Gaza.
Em janeiro, o Ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, anunciou que a fase mais intensa das operações no norte de Gaza estava concluída, mas nas últimas semanas as FDI regressaram em força à área em torno de Al-Shifa, à medida que o Hamas parece ter aumentado a sua presença e operações na área.
Os hospitais têm sido campos de batalha durante todo o conflito. Israel acusou as instalações médicas de Gaza de abrigar combatentes e armas do Hamas, algo negado pelos médicos e pelo grupo militante.
Entretanto, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que “o horror e a fome” perseguiam Gaza, apelando a um cessar-fogo e à libertação imediata dos reféns.
*com informações do Metrópoles