Em discurso nesta terça-feira (24), o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, anunciou que não permitirá entrada de combustível na Faixa de Gaza, devido a necessidade do grupo islâmico Hamas no recurso, e ainda pediu que o mundo obrigue o Hamas a abastecer a região.
O anúncio foi feito, durante coletiva, em resposta a uma pergunta sobre se Israel consideraria permitir a entrada do recurso em troca de reféns.
“O Hamas precisa desesperadamente de combustível, e, após roubarem da UNRWA, discutiremos sobre o combustível com o mundo, e se os hospitais estiverem em apuros, então eles deveriam falar com o Hamas – eles [o Hamas] deveriam abastecer os hospitais e os cidadãos. E o mundo deveria exigir que o Hamas o faça”, pontuou Hagari.
Por outro lado, o chefe do Estado-Maior das Forças das FDI, tenente-general Herzi Halevi, havia afirmado em um discurso da TV, nesta terça, que o combustível teria acesso para aliviar a crise humanitária e que o Hamas seria impedido por militares israelenses a se aproximarem do material, mas não informou as estratégias para distribuição.
“Garantiremos que haja combustível em locais onde eles precisam de combustível para tratar civis. Não permitiremos o combustível para o Hamas, para que eles possam continuar lutando contra os cidadãos de Israel”, disse o chefe do Estado-Maior das FDI.
Apelos para Gaza
Antes da guerra, a região recebia cerca de 480 mil litros de diesel e gasolina por dia, de acordo com dados do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA)
De acordo com Juliette Touma, porta-voz da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para refugiados palestinos no Oriente Próximo (UNRWA), a Faixa de Gaza precisa de pelo menos 160 mil litros de combustível por dia para abastecer necessidades básicas, como hospitais e padaria.