O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu a reativação da histórica prisão de Alcatraz, localizada na costa de São Francisco, como parte de uma política mais rígida contra a criminalidade e a imigração ilegal. A declaração foi feita em uma publicação na plataforma Truth Social, onde Trump afirmou que a antiga penitenciária poderia voltar a funcionar como um símbolo de “Lei, Ordem e Justiça”.
A prisão de Alcatraz, desativada em 1963 por altos custos operacionais, abrigou alguns dos criminosos mais perigosos do país ao longo de quase três décadas. Desde então, o complexo foi transformado em parque nacional e atrai cerca de 1,2 milhão de visitantes por ano. Alcatraz também foi reconhecida como Marco Histórico Nacional em 1986.
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Na publicação, Trump criticou o sistema judiciário norte-americano, especialmente juízes que, segundo ele, são “radicalizados” por insistirem em julgamentos para imigrantes ilegais.
“Muitos desses juízes querem que cada pessoa que está ilegalmente em nosso país tenha um julgamento. Isso significaria milhões de julgamentos”, afirmou.
Durante uma conversa com jornalitas Casa Branca, o presidente disse que essa realidade o levou a considerar reabrir Alcatraz como uma resposta simbólica ao que chamou de “fraqueza do sistema judicial”.
Apesar do tom provocativo, a proposta foi alvo de críticas imediatas. A deputada democrata Nancy Pelosi, cujo distrito inclui Alcatraz, classificou a ideia como “pouco séria”.
“Alcatraz fechou como prisão federal há mais de 60 anos. Hoje é um parque nacional e uma das atrações turísticas mais visitadas do país”, declarou a ex-presidente da Câmara em publicação no X (antigo Twitter).
A sugestão de reutilizar a ilha já havia sido mencionada anteriormente por Donald Trump Jr., que, após a reeleição do pai, insinuou nas redes sociais que Alcatraz poderia ser reaberta junto com ações mais duras contra a imigração, como a transferência de estrangeiros ilegais para a base de Guantánamo, em Cuba.
Até o momento, o Departamento do Interior, o Serviço Nacional de Parques e o Departamento de Prisões não se pronunciaram oficialmente sobre a possibilidade de reativação da prisão.