Centenas de pessoas ficaram desabrigadas após o ciclone Freddy atingir a região central de Moçambique, na África. O fenômeno chegou ao país africano neste domingo (12) pela segunda vez em menos de um mês.
Com o ciclone, vieram os prejuízos. As comunicações e o fornecimento de eletricidade na área da tempestade foram cortados, de modo que a extensão dos danos e o número de vítimas não estavam claros.
Até o momento, ao menos uma pessoa morreu em Quelimane, no sábado (11), quando sua casa desabou à medida que a tempestade chegava à costa.
Desde o mês passado, quando chegou a Moçambique pela primeira vez, mais de 171 mil pessoas foram afetadas pelo fenômeno. De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), mais de meio milhão de pessoas correm o risco de serem afetadas em Moçambique desta vez.
“O vento estava muito forte durante a noite. Há muita destruição, árvores caídas, telhados arrancados”, disse o chefe de advocacia, comunicações e parcerias da Unicef para Moçambique, Guy Taylor, à Reuters por telefone via satélite de Quelimane.
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“É potencialmente um desastre de grande magnitude, e será necessária ajuda adicional”, disse Taylor, acrescentando que as fortes chuvas continuavam caindo.
No Malawi, as autoridades se preparam para a passagem do ciclone perto da ponta sul do país à noite. Chuvas torrenciais e inundações são esperadas nos próximos dias, disse o Departamento de Recursos Meteorológicos e Mudanças Climáticas em comunicado.
Ciclone recorde
Depois de rodar por 35 dias, é provável que Freddy seja o ciclone tropical mais duradouro, sendo o recorde anterior o de um furacão de 31 dias em 1994, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial.
O Freddy também estabeleceu o recorde de maior energia acumulada de ciclone, uma medida da força da tempestade ao longo do tempo, de qualquer tempestade no Hemisfério Sul na história, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA.