A visita de presidente da Câmara dos Estados Unidos Nancy Pelosi a Taiwan esta semana continua tendo repercussões nas relações entre o país e a China. Devido à visita, a China anunciou hoje, dia 5, que está rompendo a cooperação com os Estados Unidos em várias áreas, incluindo a comunicação entre comandos militares de alto escalão e diálogo sobre mudanças climáticas.
O Ministério chinês de Relações Exteriores emitiu comunicado listando oito ações de efeito imediato em resposta à visita de Pelosi. O governo chinês decidiu romper a cooperação com os EUA na repatriação de imigrantes ilegais, na assistência legal em assuntos criminais e no combate ao narcotráfico. Além disso, as reuniões do Acordo Consultivo Marítimo Militar estão canceladas, assim como os diálogos de Coordenação de Política de Defesa.
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A China também anunciou sanções específicas a Pelosi. Um porta-voz do ministério afirmou que Pelosi “ameaça a paz e a estabilidade do estreito de Taiwan”. Desde a visita, houve aumento dos exercícios militares chineses na região, mobilizando aviões e navios, e um exercício balístico resultou em mísseis atingindo a área do mar do Japão.
A Casa Branca convocou o embaixador chinês para condenar as ações de Pequim. A convocação ocorreu após Pequim convocar o embaixador dos EUA mais cedo nesta semana sobre a visita de Pelosi à Taiwan.
A China considera Taiwan como seu território, e considerou a visita de Pelosi como “provocativa”.