Um ato de campanha política no estado mexicano de Veracruz terminou em tragédia na noite do último domingo (11/5). A candidata à prefeitura do município de Texistepec, Yesenia Lara Gutiérrez, foi assassinada a tiros durante uma caminhada com apoiadores. O ataque, que matou outras três pessoas e feriu pelo menos três, foi transmitido ao vivo por uma rede social.
A gravação mostra o momento em que a candidata, sorridente, cumprimentava eleitores pelas ruas da cidade. Em instantes, os sons de tiros interrompem a cena e provocam pânico na multidão. Cerca de 20 disparos são ouvidos. A live permaneceu disponível na página oficial de Lara no Facebook até a manhã seguinte.
Presidente do México lamenta
Yesenia era filiada ao partido Morena, legenda da presidente do México, Claudia Sheinbaum, que lamentou o crime em entrevista coletiva nesta segunda-feira (12/5). Ela garantiu que o governo federal está em contato com as autoridades de Veracruz e ofereceu apoio para as investigações, inclusive por meio da Secretaria de Segurança e da Procuradoria-Geral do Estado.
“Estamos acompanhando de perto e oferecendo toda a colaboração necessária para garantir a integridade do processo eleitoral”, disse a presidente, referindo-se ao pleito municipal marcado para 1º de junho em Veracruz e Durango.
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A governadora do estado, Rocío Nahle, também se manifestou, classificando o assassinato como um “ato covarde” e prometendo que os responsáveis serão identificados e punidos.
Yesenia é mais uma vítima de uma escalada de violência contra políticos no México, especialmente em anos eleitorais. Segundo a organização Data Cívica, o país registrou em 2023 um recorde de 661 atos de violência política, muitos deles com motivação ligada ao crime organizado e disputas locais de poder.
Ainda em maio deste ano, outros dois políticos foram executados em eventos públicos: Alfredo Cabrera, também durante um comício em Guerrero, e Yolanda Sánchez Figueroa, prefeita de Cotija, assassinada ao sair de uma academia. Em outubro passado, o recém-empossado prefeito de Chilpancingo, Alejandro Arcos Catalán, também foi morto a tiros.