Brasil e China assinaram nesta quinta-feira (23/5) uma inédita proposta conjunta para se engajarem em negociações de paz que contem com o reconhecimento e a participação da Ucrânia e da Rússia, com o objetivo de pôr fim ao conflito entre os países que começou há dois anos, com a invasão russa do território ucraniano.
O documento foi assinado pelo assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-chanceler Celso Amorim, e o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, que se encontraram mais cedo em Pequim.
Segundo os termos da proposta, Brasil e China destacam pedido para que todas as partes relevantes observem três princípios para a desescalada da situação: nenhuma expansão do campo de batalha, nenhuma escalada de combates e nenhuma provocação por qualquer parte.
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Os dois países sugerem que é necessário aumentar a assistência humanitária para relevantes regiões e prevenir uma crise humanitária em larga escala. Ressalta que ataques a civis devem ser evitados e que mulheres, crianças e prisioneiros de guerra devem ser protegidos, e também que o uso de armas de destruição em massa – como nucleares, biológicas ou químicas – seja rejeitado.
Esta é a primeira vez que a China assina um documento do tipo desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022.
O texto também especifica:
“China e Brasil apoiam a realização de uma conferência internacional de paz em um momento apropriado, reconhecida tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia, com a participação igual de todas as partes, bem como uma discussão justa de todos os planos de paz”.
Mais cedo, em comunicado do Ministério das Relações Exteriores chinês, a China informou que seu país sempre colocou o Brasil entre suas prioridades diplomáticas e que Pequim reconhece o status e a influência internacional do país. No encontro entre os diplomatas dos dois países, a chancelaria chinesa também afirmou que o país está disposto a fortalecer a cooperação estratégica com o Brasil e melhorar o posicionamento das relações bilaterais entre os dois países.
*Com informações do UOL.