No sábado (14), em Illinois (EUA), uma criança palestina identificada, como Wadea Al-Fayoume, de 6 anos, foi esfaqueada 26 vezes com sua mãe, Hanaan Shahin, de 32 anos, que também sofreu múltiplas facadas e está internada em estado grave.
O caso fez o presidente dos EUA, Joe Biden se pronunciar por nota condenando o que chamou de “assassinato brutal”, prestou condolências à família do menino e desejou a plena recuperação da mãe. Biden disse ainda que o crime o deixou “chocado” e “enojado”.
“Este horrível ato de ódio não tem lugar nos EUA e vai contra os nossos valores fundamentais: a libertação do medo pela forma como rezamos, pelo que acreditamos e por quem somos”, afirmou.
Em seu comunicado, o presidente do EUA aproveitou para incentivar os americanos a se unirem contra a islamofobia após o assassinato.
“Como americanos, devemos nos unir e rejeitar a islamofobia e todas as formas de intolerância e ódio. Já disse repetidamente que não ficarei calado diante do ódio. Devemos ser inequívocos. Não há lugar na América para o ódio contra ninguém”, disse.
Islamofobia
Joseph Czuba, de 71 anos, identificado como o autor das facadas, é o proprietário da casa em que as vítimas moravam há 12 anos. Ele foi acusado pelos responsáveis da investigação do caso de cometer o crime pelas vítimas serem muçulmanas, e devido a atmosfera de ódio causada pela guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas.
“Os detetives conseguiram determinar que ambas as vítimas deste ataque brutal foram alvo do suspeito por serem muçulmanos e o conflito em curso no Oriente Médio envolvendo o Hamas e os israelenses”, disse o gabinete do xerife do Condado de Will em nota.
Mesmo sem dar declarações aos detetives sobre o crime, a polícia disse que determinou as acusações através de entrevistas e provas. Joseph foi acusado de homicídio em primeiro grau, tentativa de homicídio em primeiro grau, duas acusações de crime de ódio e agressão agravada com arma mortal.
*Com informações Metrópoles e Correio Braziliense