Austrália presta homenagem às vítimas de ataque em Bondi Beach

(Foto: Reprodução)
Milhares de pessoas em toda a Austrália observaram um minuto de silêncio neste domingo (21/12) em memória do ataque antissemita realizado por dois homens contra participantes de uma celebração judaica em uma praia de Sydney. Durante o ato, os presentes foram convidados a refletir sobre “a luz contra a escuridão”, acendendo velas em homenagem às vítimas.
O governo australiano avalia, junto à comunidade judaica, a criação de um memorial permanente no local do ataque. Também está em discussão a oficialização de um dia nacional de luto, previsto para o início de 2026.
O atentado ocorreu em 14 de dezembro, quando dois homens, Sajid Akram, de 50 anos, cidadão indiano que chegou à Austrália com visto em 1998, e seu filho Naveed Akram, australiano de 24 anos, dispararam contra uma reunião que celebrava a festividade judaica de Hanukkah na praia de Bondi.
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De acordo com as autoridades, o ataque, atribuído ao pai e ao filho, teve motivação ligada à ideologia do grupo jihadista Estado Islâmico. Sajid Akram morreu no local. Já Naveed Akram permanece internado sob rígida escolta policial e foi formalmente acusado de terrorismo e de 15 homicídios.
As homenagens às vítimas vêm ocorrendo de maneira espontânea em diferentes partes do país. Na sexta-feira, centenas de surfistas e nadadores entraram no mar e formaram um grande círculo nas ondas em sinal de respeito. No sábado, salva-vidas prestaram três minutos de silêncio na areia, muitos visivelmente emocionados, trocando abraços e lágrimas.
O ataque levou a Austrália a reavaliar suas estratégias de enfrentamento ao antissemitismo e a admitir falhas na proteção da comunidade judaica no país.
As autoridades australianas buscam lidar com o impacto e a comoção causados por esse atentado antissemita, considerado o mais grave massacre ocorrido no país em várias décadas.
*Com informações do Metrópoles






