As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram, nesta quinta-feira (19), que um ataque aéreo na cidade de Rafah, no sul de Gaza, matou Rafat Abu Hil, chefe militar do grupo Comitês de Resistência Popular da região e a viúva do co-fundador do Hamas (Abdel Aziz al-Rantisi, morto em 2004) Jamila al-Shanti.
Segundo o site Metrópoles, o grupo que Rafat chefiava seria a terceira maior facção terrorista em Gaza, depois do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina. Jamila teve sua morte confirmada pelo Hamas, ela foi a primeira mulher a ser eleita ao setor político do grupo extremista.
“As FDIs continuam a atacar o tempo todo em toda a Faixa de Gaza. Durante o último dia, as FDIs, dirigidas pelo Shin Bet, destruíram centenas de infraestruturas terroristas do Hamas, dezenas das quais foram atacadas no bairro de Sageya”, afirmou nas redes sociais o porta-voz das FDIs, Daniel Hagari.
Hagari informou ainda que as infraestruturas atacadas incluem locais de lançamento de mísseis antitanque, poços de túneis, locais de inteligência, quartéis-generais operacionais e outros quartéis-generais.
Leia também:
Primeiro-ministro do Reino Unido chega em Israel nesta quinta-feira (19)
Israel autoriza a entrada de ajuda humanitária pela fronteira com o Egito
Vídeos do ataque desta madrugada (19), em Gaza, circulam pela internet:
O Exército israelense, na terça-feira (17), anunciou a morte de outro comandante do Hamas, também em ataque aéreo de Israel à zona sul da Faixa de Gaza.
De acordo com o Metrópoles, Israel também mirou outros integrantes de diversos setores do Hamas que estiveram envolvidos nos atentados de sábado (7), quando teve início o conflito.
Ao todo, mais de 40 pessoas morreram e 21 estão feridas. Desse número, 10 mortos foram de membros do comando Nukhba, dentro do Hamas. O exército também mirou locais estratégicos ao grupo.
Ajuda humanitária
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, na quarta-feira (18), adiantou que o Israel concordou em abrir a passagem para a entrega de ajuda humanitária entre o Egito e a Faixa de Gaza e solicitou a Israel que não fosse consumido pelo ódio na hora de responder aos ataques do grupo Hamas.
“O povo palestino está em grande sofrimento, e nós lamentamos a perda de vidas inocentes palestinas em todo o mundo. O povo de Gaza precisa de comida, água, remédios e abrigo”, afirmou.
De acordo com o primeiro-ministro israelense, Benjamim Netanyahu, a decisão de permitir ajuda limitada a partir do Egito foi tomada após um pedido formal do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em visita a Israel.
Números do Brasil
O governo federal encerrou a primeira fase da maior Operação Voltando em Paz repatriou mais de 1,1 mil pessoas e foi a maior já realizada pelo país em uma zona de conflito.
Faltam, agora, os brasileiros que estão na Faixa de Gaza, impedidos de chegar à passagem de Rafah, para o Egito, devido ao conflito.
*Com informações Metrópoles