O governo da Argentina anunciou nesta terça-feira (12/03) que vai permitir a importação de alimentos da cesta básica para aumentar a competição e reduzir os preços no mercado. A medida inclui a redução do prazo de pagamento para importações e a suspensão temporária de impostos adicionais aos produtos.
O porta-voz do governo, Manuel Adorni, disse que foi tomada a decisão de “abrir definitivamente” as importações de determinados produtos da cesta familiar, dentre eles, banana, batata, carne de porco, café, atum, inseticidas, xampu e fraldas.
Na reunião com empresários de redes de supermercados, eles “reconheceram o aumento de preços acima da expectativa de inflação” porque “o cenário que os empresários previam era catastrófico, algo que não aconteceu”, explicou o porta-voz da presidência.
“Acreditamos que a economia vai aos poucos se normalizando. Por isso tomamos a decisão de abrir definitivamente as importações de determinados produtos da cesta básica”, disse Adorni.
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Adorni ressaltou que a iniciativa do presidente Javier Milei beneficiará as famílias e os consumidores argentinos, além de reconhecer a necessidade de ajustes nos preços por parte dos empresários e assim acelerar a “normalização” dos valores.
O ministro Luis Caputo (Economia) afirmou aos supermercadistas que não haverá outra desvalorização e pediu que evitem aumentos “excessivos”. Ele afirmou que reduzir a inflação é prioritário para estabilizar a economia e permitir a redução de impostos.
As medidas propostas pelo Ministério da Economia visam encorajar a importação de itens da cesta básica que têm preços mais altos no mercado local do que no internacional. Isso poderá aumentar a competição e diminuir a inflação.
O Imposto Sobre Valor Agregado (IVA argentino), por sua vez, será suspenso por 120 dias pelo governo não somente para os alimentos da cesta básica, mas também para remédios, “para ajudar a correção de preços desses produtos e acelerar a normalização”.