Uma candidata da situação à prefeitura de Celaya, no estado mexicano de Guanajuato, foi morta a tiros após seu primeiro comício na segunda-feira (1º/04). O presidente Andrés Manuel López Obrador condenou o crime.
A falecida é Gisela Gaytán, de 38 anos. Desde outubro, quando começou o processo para as eleições gerais de 2 de junho, foram assassinadas pelo menos 15 pessoas entre candidatos e pré-candidatos a cargos regionais, informou a secretaria de Segurança do estado mexicano.
A consultoria Laboratorio Electoral contabiliza 59 pessoas assassinadas em “episódios de violência eleitoral” entre 4 de junho de 2023 e 26 de março de 2024, das quais 26 disputavam cargos eletivos.
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Na manhã desta terça-feira, a secretaria de Segurança havia informado à imprensa que no atentado contra Gaytán também havia morrido Adrián Guerrero, aspirante a um assento na Câmara de Vereadores.
“É um dia triste porque ontem assassinaram a candidata à prefeitura de Celaya. Estes acontecimentos são muito lamentáveis, há pessoas que lutam para fazer valer a democracia”, disse o presidente do México, López Obrador, no início de sua coletiva de imprensa matinal.
Pedido de segurança
Gaytán havia pedido recentemente proteção das autoridades, mas não recebeu resposta, razão pela qual as investigações buscam determinar se houve negligência, segundo o governo.
O governador de Guanajuato, Diego Sinhue, do conservador PAN (oposição), declarou na segunda-feira pela rede X, que o ataque contra Gaytán “não ficará impune” e que coordenará esforços para que os candidatos sejam resguardados.
Guanajuato é considerado o estado mais violento do México, com mais de 3 mil homicídios em 2023, enquanto Celaya é o epicentro de uma guerra entre o cartel de Santa Rosa de Lima e o Jalisco Nova Geração, considerado um dos grupos criminosos mais poderosos do país.