A ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, disse que seu país vai manter o aspecto positivo em relação à Faixa de Gaza com a decisão do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) de Haia, na Holanda, além de afirmar que somente um cessar-fogo poderia conter a situação.
Na declaração, após o anúncio da Corte Internacional, nesta sexta-feira (26/1), a ministra também revelou não estar desapontada com as diretrizes exigidas pelo TIJ e sim satisfeita com a demanda apresentada.
“No exercício da ordem, teria que haver um cessar-fogo. Sem ele a ordem não funciona realmente”, destacou.
“De jeito nenhum vou dizer que estou desapontada, espero por isso (um cessar-fogo) mas o fato de entregar ajuda humanitária, o fato de tomar medidas que reduzam os níveis de dano contra pessoas que não têm papel no que Israel está combatendo para mim requer um cessar-fogo”, afirmou.
“Acredito que Israel teria que cuidar de como conduz sua busca pelos reféns e pelos indivíduos do Hamas, que realizaram os ataques de 7 de outubro”, acrescentou.
“Estou satisfeita com as indicações que foram dadas”, revelou.
A ministra agradeceu aos juízes do TIJ por “lidar com esse assunto rapidamente” e alertou os estados que têm apoiado Israel que eles podem se encontrar envolvidos no caso à medida que o processo se desenvolve.
“É claro que o tribunal diz que existem circunstâncias, onde é plausível, que atos genocidas foram cometidos”, explicou Pandor.
“Isso, é claro, significa que, uma vez que o caso de mérito é abordado, e se a conclusão é que houve genocídio, os Estados que ajudaram e incitaram tornam-se parte da comissão”, exaltou.
Pandor também declarou que a principal proposta da África do Sul foi ressaltar a difícil situação do povo da Palestina, além de alertar a comunidade internacional sobre o dano, a falta de justiça durante muitas décadas na região.
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Em um comunicado, o governo sul-africano chamou a decisão do TIJ de “vitória decisiva para o estado internacional de direito.”
*com informações CNN