Nas últimas 48 horas, Israel retomou sua ofensiva em Gaza e na cidade de Rafah, mesmo após a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia. Na sexta-feira (24/5), o tribunal determinou que Israel deveria “parar imediatamente” com seus ataques contra Rafah.
As forças israelenses lançaram 60 ataques no final de semana, tendo atingido inclusive um campo de refugiados.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram que tinham como alvo dois altos líderes do Hamas em um dos complexos do grupo, e que analisariam os relatos de que o fogo se espalhou para abrigos, ferindo civis. O ataque ocorreu horas depois de o Hamas ter disparado oito mísseis a partir de Rafah em direção a Tel Aviv — foram os primeiros ataques de longo alcance à cidade israelense desde janeiro.
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Em comunicado no domingo à noite (26/05), as FDI informaram que conseguiram eliminar “duas figuras importantes” do Hamas com o ataque.
Já as autoridades do Hamas afirmaram, por sua vez, que 35 pessoas haviam sido mortas e dezenas ficaram feridas em um acampamento para palestinos desalojados a noroeste de Rafah, numa zona considerada segura. Mulheres e crianças estariam entre os mortos.
Num comunicado emitido nesta segunda-feira, a Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) afirmou que as cenas relatadas a partir de Rafah são “horríveis”. O comunicado diz:
“Gaza é o inferno na terra. As imagens de ontem pela noite são mais uma prova disso”.
Está sendo analisado pela corte de Haia um pedido de prisão do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e dos líderes do Hamas. Caso o pedido seja aceito, Netanyahu poderia ser preso se viajasse a um país signatário do tribunal.
Com informações de G1 e UOL.