Em meio ao caos na segurança pública do Equador, mais de 130 agentes penitenciários foram mantidos como reféns por detentos nesta quarta-feira (10/01), em cinco prisões no país. As tomadas de reféns começaram na segunda-feira (08/01), após início do conflito armado.
O presidente Daniel Noboa disse que irá combater o problema da falta de segurança crescente no país causado pelas gangues de tráfico de drogas que estão transportando cada vez mais cocaína para o Equador.
Ele endureceu o decreto na terça-feira (09/01), após uma série de explosões em todo o país e a dramática tomada de uma estação de TV por homens armados durante uma transmissão ao vivo.
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O governo disse que a violência é uma reação ao plano de Noboa de construir uma nova prisão de alta segurança para os líderes de gangues. As autoridades falaram pouco sobre os reféns nas prisões, embora a agência prisional SNAI tenha dito que 125 deles são guardas, enquanto 14 são funcionários administrativos.
“A polícia nacional e as Forças Armadas estão trabalhando para proteger a integridade dos funcionários do serviço de segurança prisional que estão detidos. Estamos aguardando informações oficiais sobre a situação.” disse o SNAI.
Quatro policiais, que as autoridades dizem ter sido sequestrados por criminosos entre segunda e terça-feira, também estão sendo mantidos reféns. Três outros policiais foram libertados no final da terça-feira.
Houve ao menos 70 prisões desde segunda-feira (08/01), em resposta a incidentes de violência, incluindo a tomada da estação de TV. Mas a onda de violência ainda continua em Guayaquil, a maior cidade do país, disse a polícia.
O sistema prisional tem sido há muito tempo a principal ameaça de violência no Equador. As forças de segurança têm lutado para enfrentar as gangues dentro de prisões superlotadas, onde os presos muitas vezes assumem o controle de filiais das penitenciárias e dirigem redes criminosas atrás das grades, segundo as autoridades equatorianas.