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Plantas ornamentais usadas em casa podem ser fatais para cães e gatos, alerta especialista

Segundo especialistas, a ingestão ou até mesmo o contato com certas folhas, flores ou seiva pode causar reações graves
24/10/25 às 15:00h
Plantas ornamentais usadas em casa podem ser fatais para cães e gatos, alerta especialista

(Foto: Reprodução)

Embora sejam associadas à natureza e ao bem-estar, muitas plantas ornamentais presentes em lares brasileiros escondem um perigo silencioso para cães e gatos. Segundo especialistas, a ingestão ou até mesmo o contato com certas folhas, flores ou seiva pode causar reações graves, e o tema ainda é pouco conhecido pela maioria dos tutores.

A médica veterinária Daniela Massoli faz um alerta sobre esse risco negligenciado.

“Existem plantas que parecem inofensivas para nós, mas que podem colocar a vida dos pets em risco. Muitas delas possuem substâncias irritantes, neurotóxicas ou até letais para cães e gatos”, explica. Ela reforça que o erro mais comum é associar o natural ao saudável.

“É comum que os tutores associem plantas a algo saudável, subestimando os riscos. Mas um simples contato, como mastigar uma folha, pode causar desde irritações leves até intoxicações graves”, complementa Massoli.

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(Foto: Reprodução)

Plantas mais tóxicas para pets em ambientes domésticos

Diversas espécies usadas em decoração de interiores, varandas e jardins são altamente tóxicas para os animais de estimação. Entre as mais perigosas, segundo a veterinária, estão:

  • Comigo-ninguém-pode

  • Copo-de-leite

  • Espada-de-São-Jorge

  • Antúrio

  • Lírio

  • Azaleia

  • Mamona

  • Hortênsia

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(Foto: Reprodução)

De acordo com Massoli, o problema é agravado porque muitas dessas plantas são vistas como símbolos de proteção ou beleza.

“Plantas como o lírio e o antúrio são muito comuns em arranjos ornamentais, mas podem causar reações severas, como vômitos intensos, dificuldade respiratória e até falência renal”, alerta.

Risco de morte em casos sem atendimento veterinário

Sem tratamento rápido, a intoxicação pode evoluir para quadros graves, com lesões renais, hepáticas e neurológicas.

“A gravidade depende da planta, da dose e da sensibilidade do animal. Casos graves podem evoluir para falência de órgãos ou morte”, alerta a veterinária.

Ela explica que cada espécie animal reage de forma diferente:

“Gatos são mais sensíveis aos compostos presentes em lírios e azaleias. Já cães costumam ser mais afetados por plantas como comigo-ninguém-pode e mamona.”

O que fazer em caso de suspeita de intoxicação

A reação imediata do tutor pode salvar o animal. Daniela Massoli orienta:

O que fazer imediatamente:

  • Afastar o animal da planta

  • Impedir novo contato

  • Lavar boca e patas em água corrente (em caso de contato direto)

  • Levar o pet ao veterinário com urgência.

O que nunca fazer:

  • Induzir vômito sem orientação

  • Administrar leite, óleo ou remédios caseiros

  • Esperar os sintomas piorarem

“Nunca devemos tentar soluções caseiras. Oferecer leite ou induzir vômito pode piorar a intoxicação. O ideal é buscar atendimento imediato”, reforça Massoli.

Diagnóstico e prevenção

No consultório, o diagnóstico veterinário é feito com base nos sintomas e no histórico relatado pelo tutor. Sempre que possível, é importante levar uma amostra ou foto da planta ingerida para auxiliar na identificação.

“O sucesso do tratamento depende principalmente da rapidez com que o pet é levado ao veterinário”, afirma Massoli.

A especialista conclui com uma recomendação fundamental: a prevenção.

“A melhor forma de evitar acidentes é a conscientização dos tutores. Sempre que possível, substitua plantas tóxicas por espécies seguras e mantenha as perigosas fora do alcance dos animais.”

*Com informações de CNN