O jejum intermitente é uma das práticas mais comentadas quando o assunto é perda de peso. Essa estratégia alimentar, que alterna períodos de alimentação com fases de jejum, vem sendo adotada por muitas pessoas que buscam reduzir medidas de forma eficaz seguindo as recomendações científicas.
No entanto, os estudos mais recentes sugerem que, embora o método possa funcionar para alguns, seus resultados não são superiores aos das dietas tradicionais com restrição calórica.
Além disso, a resposta ao jejum intermitente varia de pessoa para pessoa, dependendo do estilo de vida, da saúde geral e da adesão ao plano.
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Pesquisas sobre jejum intermitente
O jejum intermitente consiste em limitar o tempo em que se consome alimentos ao longo do dia ou da semana.
Entre os formatos mais populares estão o modelo 5:2, no qual se restringe a alimentação por dois dias e se come normalmente nos outros cinco, e o 16:8, que permite comer apenas durante oito horas do dia.
Pesquisas mostram que essa prática pode levar à redução do peso corporal por conta da menor ingestão calórica.
No entanto, ao comparar com dietas de restrição calórica diária, os resultados de perda de peso são muito parecidos. Isso sugere que a chave para o emagrecimento pode não estar no jejum em si, mas na diminuição do consumo total de calorias.
Benefícios além da perda de peso
Embora o foco principal de muitos seja emagrecer, o jejum intermitente também pode trazer benefícios metabólicos.
Um estudo recente apontou que pessoas com diagnóstico recente de diabetes tipo 2 que seguiram o modelo 5:2 tiveram melhores resultados no controle do açúcar no sangue e perderam mais peso do que aqueles que utilizaram medicamentos como metformina.
Possíveis riscos
Apesar das vantagens aparentes, o jejum intermitente pode ter efeitos adversos. Uma pesquisa apresentada na American Heart Association em 2024 revelou que pessoas que se alimentam apenas dentro de uma janela de oito horas por dia podem apresentar um risco significativamente maior de morte por doenças cardíacas.
Esses pacientes tiveram seus resultados comparados aos de pessoas que comem ao longo de períodos mais amplos.
Outro ponto de preocupação é a perda de massa muscular magra, especialmente em pessoas mais velhas. A manutenção dessa massa é essencial para prevenir fragilidade, melhorar o metabolismo e garantir maior qualidade de vida. Por isso, é fundamental avaliar os riscos e considerar o acompanhamento médico.
Conclusões
O jejum intermitente pode funcionar para alguns, mas não é uma fórmula mágica. Para quem procura um caminho mais equilibrado e sustentável de emagrecimento, a dieta mediterrânea é uma excelente opção. Rica em vegetais, frutas, cereais integrais, azeite e peixes, ela promove benefícios à saúde do coração e ajuda a controlar o peso de forma mais gradual.
Avaliar os prós e contras, entender como o corpo responde e buscar orientação especializada são passos essenciais para escolher o melhor plano alimentar para sua realidade.
*Com informações de Metrópoles (NSC Total)