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Fumo passivo: Exposição à fumaça prejudica o corpo e pode ter consequências graves

Exposição à fumaça de outros, especialmente em locais fechados como casas ou carros, pode levar a maior risco de câncer de pulmão
14/11/25 às 14:49h
Fumo passivo: Exposição à fumaça prejudica o corpo e pode ter consequências graves

Foto: Reprodução.

Você não fuma, mas convive com alguém que sim? Mesmo quem nunca acendeu um cigarro está suscetível a sofrer as consequências do tabagismo. Chama-se de fumo passivo a inalação involuntária da fumaça, e é uma das principais causas evitáveis de doenças respiratórias e cardiovasculares no mundo.

Basta alguns minutos em contato com a fumaça para que o pulmão reaja, principalmente em pessoas com doenças pré-existentes, como asma e bronquite crônica. Crianças, gestantes e idosos fazem parte do grupo mais vulnerável, já que apresentam sistemas respiratórios mais frágeis ou ainda em desenvolvimento.

Doenças associadas ao fumo passivo

Entre os danos mais conhecidos do fumo passivo estão o aumento do risco de câncer de pulmão e a piora de condições respiratórias como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Exposição contínua também ode favorecer o surgimento de inflamações nas vias aéreas, reduzir a capacidade pulmonar e comprometer o sistema imunológico, deixando a pessoa mais vulnerável a infecções respiratórias.

Em ambientes fechados, como em casa ou no carro, os efeitos do fumo passivo podem ser ainda mais prejudiciais.

O pneumologista Alfredo Santana, do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, explica:

“O tabagismo passivo pode ser equivalente a fumar até 14 cigarros por dia, dependendo da intensidade da exposição. A fumaça contém os mesmos carcinógenos e oxidantes do cigarro ativo, capazes de provocar inflamação crônica, alterações no DNA e disfunções pulmonares”.


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Estudos de meta-análises internacionais indicam que quem passou 30 anos ou mais respirando fumaça doméstica tem risco 1,6 vez maior de câncer de pulmão em comparação a pessoas sem exposição.

Crianças e idosos são os grupos mais afetados. Nos bebês e crianças, o sistema respiratório ainda está em formação. Por isso, qualquer contato com substâncias tóxicas pode comprometer o crescimento saudável dos pulmões e resultar em problemas como asma, alergias e maior risco de bronquite e pneumonia.

E nos idosos, o pulmão já apresenta redução natural da capacidade de funcionar. A resposta imunológica também é mais lenta, o que dificulta a recuperação e favorece complicações em casos de doenças respiratórias ou cardiovasculares.

Casas, carros e escritórios são os espaços mais críticos. Nesses locais, a concentração de gases e compostos químicos da fumaça é mais alta, o que aumenta a irritação das vias respiratórias. Sintomas como tosse, falta de ar e chiado no peito pode ser indicativos de problemas mais graves.

E não adianta trocar por cigarros eletrônicos: O vapor desses produtos também contém nicotina, metais pesados e compostos com capacidade de causar inflamação e lesões celulares.

*Com informações de Metrópoles