Anunciada pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Wallace Oliveira (PROS), a suspensão de ordem do dia (período voltado à deliberação de projetos) motivou críticas de colegas durante sessão plenária desta segunda-feira (28). De acordo com Oliveira, não havia “projetos e condições suficientes” para dar início à votação.
“É uma prerrogativa da Mesa Diretora”, comentou o parlamentar sobre a decisão, que teria sido definida durante uma conversa informal antes da sessão de hoje. O vereador Rodrigo Guedes (PSC) contestou o argumento.
“Tenho doze projetos, alguns apresentados entre agosto e setembro do ano passado, que não foram deliberados. Se o presidente não localizar, pode pedir ajuda. Não vejo motivo para a suspensão”.
Para Amom Mandel (União Brasil), a ausência de deliberações reforça o discurso de que os vereadores evitam trabalhar em defesa da população.
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“Se as sessões ocorrem em apenas três dias da semana, como não temos pauta para ser votada? Tenho três projetos de lei, outros vereadores têm projetos. Podemos dar vazão a essa demanda, não podemos deixar represados. Precisamos dar algum tipo de resposta à sociedade, demonstrar que temos comprometimento com a pauta legislativa”, declarou.
O líder do prefeito na CMM, Marcelo Serafim (PSB), informou que o problema deve-se à falta de organização de pautas, o que beneficiaria vereadores que costumam apresentar maior quantidade de projetos.
“Não haverá reunião da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) para que possamos organizar uma quantidade enorme de projetos deliberados a que não conseguimos dar vazão. Estamos nos desdobrando, mas somos apenas sete”, explicou. “Lamento que alguns colegas tratem esse problema como falta de vontade de trabalhar. Estamos debatendo e trabalhando”.
Daniel Amorim, da redação