O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou o pedido de cooperação internacional feito pela Polícia Federal (PF), que solicita apoio dos Estados Unidos para realizar a quebra do sigilo bancário das contas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais três investigados. Com isso, a Federal Bureau of Investigation (FBI) entra nas investigações.
Além de Bolsonaro, terão os sigilos bancários quebrados o advogado Frederick Wassef, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente Mauro Cid e seu pai, General Cid. Todos são investigados pela venda de joias dadas por autoridades ao ex-presidente. As joias recebidas por Bolsonaro e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro deveriam fazer parte do acervo da República e foram vendidas ilegalmente.
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O pedido de cooperação aceito pelo STF também requer ao FBI uma investigação sobre as joalherias e lojas onde as joias foram vendidas ilegalmente. Segundo o pedido, o objetivo é chegar até as pessoas que realizaram as transições ilegais para saber o destino do dinheiro obtido por meio das vendas.
No caso da recompra do Rolex, feito pelo advogado Frederick Wassef, o pedido ao FBI também será no sentido de investigar de onde saiu o dinheiro usado por ele para recomprar o relógio que foi devolvido ao TCU.
Wassef assumiu ter realizado a recompra do item, segundo ele, com o próprio dinheiro para devolver à União após pedido do Tribunal de Contas da União (TCU). Neste cenário, a investigação pode apontar se os US$ 49 mil pagos para a joalheira da Pensilvânia saíram de alguma conta nos EUA, via saque na boca do caixa ou saques feitos em caixas eletrônicos. Wassef disse que pagou o relógio em espécie.