Depois das críticas, ontem, do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a política de preços dos combustíveis praticada pela Petrobrás, o Governo Federal começa a se articular para propor um congelamento temporário de preços, discutindo inclusive com o Congresso. A informação é do Estadão.
O plano do governo seria de não repassar para as bombas a alta do petróleo no mercado internacional, causada pela atual guerra entre Rússia e Ucrânia, e que essa alta seja bancada pela Petrobrás e, em última instância, seus acionistas. Segundo o governo, a empresa tem custo em real e pode segurar esses reajustes durante o período da guerra depois do lucro elevado do ano passado, que recheou os bolsos dos acionistas minoritários.
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Outras ideias para refrear o aumento dos combustíveis também estão em análise pelo governo. Uma delas, apoiada pelo ministro da Economia Paulo Guedes, seria o PLP (Projeto de Lei Complementar) 11, que estabelece a cobrança de ICMS sobre o litro do combustível e não mais sobre o preço final, e que institui o modelo de tributação monofásica, apenas em uma fase da comercialização.
Já a proposta de congelamento ganha força pela confirmação de Rodolfo Landim, presidente do Flamengo e engenheiro do setor de petróleo, para a presidência do Conselho de Administração da Petrobras, que poderia facilitar a mudança. O governo também não descarta a possibilidade da medida drástica de declarar estado de emergência enquanto durar o conflito na Ucrânia, o que lhe daria liberdade de adotar medidas que mitiguem o impacto da guerra na economia.
Via UOL (Por Estadão).