O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações anunciou hoje a formação de uma comissão de cientistas brasileiros para acompanhar os casos de varíola dos macacos, a doença que tem se espalhado por diversos países do mundo nos últimos dias e que pode chegar ao Brasil.
Até a noite de ontem (20), segundo documento compartilhado pelos países, havia 143 casos notificados, entre suspeitos e confirmados —a maioria deles em Portugal, Espanha e Reino Unido. Entretanto, Israel, Austrália e Estados Unidos, fora do continente europeu, já têm casos registrados. Ontem a Alemanha noticiou também o primeiro caso, o de um brasileiro infectado.
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A virologista Giliane Trindade, que faz parte do grupo, afirmou:
“A gente está vendo o perfil de disseminação desse vírus por países da Europa, já chegou aos Estados Unidos, ao Canadá, em Israel. Então existe um risco iminente da entrada dele no Brasil. Temos condições de detectar esse vírus. Por enquanto, não temos motivo para pânico. A gente está atento, temos condição de responder”.
O vírus pertence à família Poxviridae, cujo membro mais notório é o vírus da varíola. Dentre os sintomas da doença, estão febre, mialgia, cefaleia e as vesículas na pele, características da varíola. No século passado, a varíola chegou a causar 300 milhões de óbitos. Acredita-se que esta nova doença tenha tido sua transmissão iniciada por contato com animais do continente africano.
