A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu os alertas sobre a presença de impurezas conhecidas como “azido” no insumo farmacêutico ativo (IFA) losartana potássica e em outros fármacos pertencentes à classe das sartanas, utilizados na fabricação de remédios para o tratamento de pressão alta.
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Anvisa informou por meio de um comunicado, que vem adotando uma série de medidas após a detecção dessas impurezas, mas alerta aos brasileiros para não pararem com seus tratamentos.
“Apesar das novas informações sobre a presença dessa impureza nessa classe de medicamentos, a Anvisa reitera que os medicamentos contendo “sartanas” são seguros e eficazes no controle do tratamento de hipertensão e insuficiência cardíaca, reduzindo significativamente o risco de derrame e infarto”.
Desde 2018 que a Anvisa e agências reguladores internacionais estão cientes da presença de nitrosaminas acima dos níveis permitidos em medicamentos da classe das sartanas, e adotaram algumas medidas para controle sanitário dessas impurezas.
A Anvisa notificou os demais detentores de registro desse medicamento para avaliarem a potencial existência dessa impureza em seus produtos e aguarda o envio da documentação complementar.
Os recolhimentos dos medicamentos publicados são uma medida de precaução, iniciada pelas próprias empresas, pois ainda não há dados para sugerir que o produto causou uma mudança na frequência ou natureza dos eventos adversos relacionados a cânceres, anomalias congênitas ou até distúrbios de fertilidade. Segundo a Anvisa, não há risco imediato em relação ao uso desta medicação.
A agência também informa que os pacientes não devem interromper os tratamentos com a medicação, a não ser que tenham sido orientados pelo médico e semente devem trocar de medicamento quando já tiverem um novo em mãos.