Pedro Martins, o CEO do Santos, concedeu coletiva de imprensa e falou grosso aos jornalistas, proferindo uma série de frases impactantes para abordar a situação atual do clube nesta temporada.
Em seu entendimento, o gestor expressou grande pesar pela decisão da diretoria de dispensar o treinador Pedro Caixinha, classificando o desligamento do português como um “erro” institucional para o Peixe.
Sobre a permanência, Pedro Martins garantiu que não considerou a possibilidade de deixar a Vila Belmiro, mas pediu que os atletas “assumam a responsabilidade” pelo desempenho insatisfatório na Série A do Campeonato Brasileiro.
“Não pensei em sair do clube. O clube não pode normalizar processo de saída do treinador. Se a gente achar que é normal toda hora que tiver três insucessos, tiver que trocar treinador, tem algo muito errado no clube”, iniciou.
“Por isso eu falo que (a demissão de Caixinha) é um fracasso para todos do Santos. Precisamos entender que essa demissão tem a participação de muita gente que está dentro do clube e não foi demitida”, prosseguiu, em voz alta.
“Esse elenco do Santos, apesar de todo o processo, é competitivo. Tem toda a competência de fazer uma grande temporada. O ponto emergencial é fazer esse time jogar da maneira que pode. Esses jogadores precisam assumir responsabilidade. Precisamos jogar melhor como equipe, hoje somos um conjunto de indivíduos”, acrescentou.
O presidente do Conselho Executivo também “amenizou” o interesse no técnico argentino Jorge Sampaoli, que começou na noite da última segunda-feira (14) as conversas para um possível retorno ao Santos.
Martins afirmou que a escolha do novo técnico será realizada com tranquilidade, considerando um nome que possa contribuir para o “processo de reestruturação” do Peixe após a queda para a Série B e o retorno à elite.
“Participei do processo de saída dele [Caixinha]. Tudo foi debatido e com base no resultado tomamos a decisão de trocar o treinador. Identificamos que teve uma mudança no CT, mas nenhum treinador tem que ter a chave do clube”, explicou.
“Treinador é parte do projeto. Um clube é muito maior do que apenas a figura do treinador. Se o Santos tem interesse no futuro, o Santos tem que pensar que essa figura vem para participar de um processo coletivo de reestruturação. Parte disso é verificar se ele compreende o estágio atual do Santos e ver se ele tira o máximo dessa equipe mesmo com todas as dificuldades que estamos identificando”, alegou.
“O Santos não tem negociação avançada com ninguém e as travas são culturais. É o ‘assim sempre foi assim’. Esse foi sempre o embate. Mas, se o Santos quiser ser competitivo perante os outros clubes, vendo os outros times, olhando os investimentos, a gente precisa mudar a cultura”, solicitou.
“As travas estão aí. Temos uma certa distância aos competidores. O exercício de humildade é que estamos voltando da Série B. Estamos há pouquíssimo tempo na Série A, que está mudando mais rápido do que vocês imaginam. Estamos querendo montar equipes competidoras para os próximos anos, não apenas para este ano”, concluiu.
Leia mais:
Manaus anuncia a contratação de Gustavo Lila, por empréstimo
Atacante Sassá pode estar a caminho do Criciúma
Após a demissão de Pedro Caixinha, o auxiliar fixo César Sampaio assume interinamente a direção do time praiano até a definição de um novo treinador.
Agenda
O Santos volta a jogar na quarta-feira (16/04), às 21h30 (de Brasília), diante do Atlético-MG, na Vila Belmiro, em partida válida pela quarta rodada do Brasileirão.