A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, sugeriu que os clubes brasileiros deixem a Conmebol e se filiem à Concacaf, após mais um episódio de racismo em uma competição sul-americana. A declaração ocorreu depois que o jogador Luighi, do Palmeiras, foi alvo de ofensas racistas por torcedores do Cerro Porteño, durante a vitória por 3 a 0 na Libertadores Sub-20.
O Palmeiras considerou a punição imposta ao clube paraguaio insuficiente e decidiu acionar a FIFA para pedir medidas mais severas no combate ao racismo.
“Já que a Conmebol não consegue coibir esse tipo de crime, não consegue tratar os brasileiros com o tamanho que os clubes representam para a entidade, por que não pensar em nos filiarmos à Concacaf? Só assim vão respeitar o futebol brasileiro”, disse Leila Pereira à TNT Sports.
Pressão contra o racismo
A iniciativa do Palmeiras conta com o apoio da Libra e da Liga Forte União (LFU), que também assinaram a carta enviada à FIFA nesta segunda-feira (10), solicitando providências contra os recorrentes casos de discriminação racial nas competições organizadas pela Conmebol.
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Além disso, Leila Pereira informou que discutirá o tema em uma reunião na CBF, marcada para a próxima quarta-feira (12/03), com dirigentes de outros clubes e com o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues.
“É uma semente a se plantar. Se não somos respeitados aqui na América do Sul, por que não ir para a Concacaf? Com certeza, financeiramente também seria melhor para os clubes brasileiros”, afirmou a presidente alviverde.
Caso de racismo na Libertadores Sub-20
O episódio de racismo aconteceu aos 36 minutos do segundo tempo, quando Figueiredo e Luighi foram substituídos. Torcedores do Cerro Porteño imitavam macacos e dirigiam ofensas racistas aos jogadores. O árbitro Augusto Menendez foi informado sobre o ocorrido, mas ignorou a denúncia e deixou a partida seguir normalmente.
A Conmebol ainda não se pronunciou sobre o caso.