Após Ednaldo Rodrigues ser afastado do cargo de presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), 19 das 27 federações de futebol do Brasil assinaram um manifesto pedindo renovação na entidade.
Sem citar Ednaldo, a petição apoia uma nova eleição na CBF, que poderá ser convocada pelo interventor nomeado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Fernando Sarney.
“Além da estabilidade, o cenário exige uma renovação de ideias, de práticas e de lideranças, bem como a profissionalização definitiva das estruturas de gestão. A CBF precisa ser exemplo de governança, eficiência e transparência”, diz um trecho do documento.
Não assinaram
Das 27, oito federações não assinam o documento. Foram elas: São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso e Amapá.
Veja o documento:
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Ednaldo é afastado
Ednaldo Rodrigues foi destituído da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta quinta-feira (15/5), após decisão do desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). O juiz designou Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da entidade, como interventor e estabeleceu que ele deve convocar novas eleições “o mais rápido possível”.

Rodrigues estava em Assunção, no Paraguai, durante o congresso da Fifa, quando foi informado sobre a decisão judicial. Ednaldo deve contestada em tribunais superiores (STJ ou STF). Quando Ednaldo foi afastado pela primeira vez, em dezembro de 2023, ele recorreu ao STF e retornou ao cargo um mês depois.
Nomeação de interventor
Fernando Sarney, que foi nomeado interventor nesta quinta-feira, é um dos atuais vice-presidentes da CBF. No entanto, ele rompeu politicamente com Ednaldo Rodrigues e integra a oposição.
Por exemplo, ele não fez parte da chapa que venceu a reeleição do presidente por aclamação no dia 24 de março. No entanto, seu mandato como vice-presidente se estende até março de 2026.
Assinatura falsificada
Na semana passada, duas solicitações foram encaminhadas ao STF solicitando a saída de Ednaldo do posto. A alegação da deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e do próprio interventor Fernando Sarney era de que a assinatura do Coronel Nunes, ex-presidente da entidade, em um acordo firmado no começo deste ano, havia sido falsificada. Também existe um relatório pericial que indica que a assinatura não é autêntica.