O Brasileirão 2025 terá novidades para proibir que a bola seja segurada com as mãos por mais de oito segundos. Se um goleiro mantiver a posse por um período superior na nova regra, o juiz deve marcar um escanteio para a equipe adversária. O torneio começa no sábado (29/03).
É importante destacar que a contagem não se aplica aos tiros de meta. A nova norma será implementada nas leis do futebol em junho e também será aplicada no Mundial de Clubes de 2025.
A Associação Internacional de Futebol (Ifab), entidade responsável pela regulamentação das normas do futebol, anunciou a alteração no começo deste mês. Realizaram-se testes no time sub-21 da Premier League e em Malta. No país mediterrâneo, os goleiros conseguiram segurar a bola 796 vezes sem ultrapassar os oito segundos.
A alteração na regra ocorreu na Lei 12.2, que regulamenta o tiro livre indireto. De acordo com o protocolo, o árbitro tem permissão para começar a contagem regressiva com as mãos quando faltarem cinco segundos para o limite de atraso do goleiro. Se o atraso ultrapassar oito segundos, o árbitro pode assinalar um escanteio para a equipe adversária.
A regra da bola ao chão também sofreu alterações para os lances fora da área: o recomeço caberá à equipe que já tinha ou teria a posse da bola. Se o juiz tiver dúvidas, a bola cairá para a equipe que a tocou por último.
Em jogos com VAR e câmera posicionada na linha do gol (pela Série A), o assistente se posicionará na lateral, em direção à marca de pênalti, para verificar possíveis impedimentos.
Sistema de múltiplas bolas

Outra alteração é o sistema de múltiplas bolas. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai implementar a técnica de reposição de bola utilizada na Premier League, semelhante à observada no Paulistão deste ano. Vamos colocar 15 bolas ao redor do campo, em cones, para que o jogador só precise retirá-las do suporte. As bolas serão apenas repostas nos locais pelos gandulas. Também será implementada essa medida na Série B.
Nova Comissão de arbitragem
A CBF revelou uma nova organização que será responsável pela arbitragem de futebol no país. Wilson Luiz Seneme, ex-presidente do órgão, foi dispensado. O grupo será composto por sete indivíduos: Luiz Flávio de Oliveira, Marcelo Van Gasse, Fabrício Vilarinho, Luis Carlos Câmara Bezerra, Eveliny Almeida, Emerson Filipino Coelho e Rodrigo Martins Cintra, que ocupará a posição de coordenador.
A nova entidade estabelecerá um ranking para a designação dos árbitros. A lista será modificada para destacar os juízes que tiveram as melhores performances. Os jogadores com melhor classificação devem ser designados para os jogos mais relevantes.
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Conselho de especialistas internacionais
A CBF também terá um grupo internacional de consultores, composto pelo argentino Néstor Pitana, que foi o árbitro da final da Copa de 2018, o italiano Nicola Rizolli, que atuou na final da Copa de 2014, no Brasil, e Sandro Meira Ricci. Realizarão análises semanais do panorama nacional.
Combate global contra o racismo
A Fifa implementará o protocolo Antirracista no Brasileirão. O processo de três fases resultou em uma ação mundial contra o racismo no futebol. Os jogadores devem realizar um gesto específico – cruzar os braços na altura dos punhos, com as mãos estendidas e os dedos estendidos – para alertar os árbitros sobre insultos racistas. Atletas e representantes devem se comunicar com o árbitro através de gestos.