
Brasil faz estreia no Mundial em busca de um título inédito

A seleção brasileira feminina de vôlei começa sua trajetória no Mundial da Tailândia nesta sexta-feira (22/08). O primeiro desafio será contra a Grécia, às 9h30 (horário de Brasília), partida que será transmitida pelo Sportv2 e acompanhada em tempo real no ge.
Depois de ganhar a medalha de prata na Liga das Nações (VNL) de 2025, a equipe liderada por José Roberto Guimarães busca quebrar um jejum que perdura desde 2017, ano em que conquistou o Grand Prix, e tenta obter um título mundial inédito.
“O Brasil é um dos favoritos a subir ao pódio. Sendo mais esperançoso, dá para finalmente trazer o título mundial que nunca veio. Vai ser difícil, porque a Itália é o bicho-papão. Mas, em se tratando de jogo único, podemos projetar nossa seleção brigando de igual para igual com qualquer um”, afirmou Nalbert.
A falta de Ana Cristina gera preocupação, porém a equipe confia em nomes como Gabi, a líder técnica, e nas jovens Diana e Júlia Kudiess, que estão em ascensão. No ataque, a concorrência pela posição de oposta continua acirrada entre Rosamaria, Kisy e Tainara.
“Ana vinha sendo decisiva nos momentos de maior pressão, era a referência da equipe. Sem ela, precisamos compensar com volume de jogo e velocidade na definição. Temos uma estrutura bem montada. Espero que, dentro da formação da seleção, a Gabi (ponteira) tenha energia suficiente para segurar o jogo e ser decisiva. É a atleta mais completa do mundo. As centrais Diana e Júlia Kudiess estão em uma curva de crescimento muito grande. Julia Bergmann (ponteira) também aumentou a potência no ataque”, avaliou Nalbert.
A confiança de Nalbert ganhou coro de Fabi:
“Vejo a seleção como um time com condições de brigar pelo ouro. Infelizmente, temos a ausência da Ana Cristina, mas é uma equipe muito competitiva. Continuamos respeitados no cenário internacional. Conseguimos trazer novos nomes e subir ao pódio. Tenho certeza de que as meninas estão perseguindo o troféu para celebrar ainda mais essa trajetória”, disse.
Fabi também demonstrou otimismo:
“Estou curiosa para ver quem será a oposta titular. Talvez tenha sido a posição em que a gente mais oscilou durante a VNL, então quero ver o estilo de jogo adotado“, comentou Fabi.
Na etapa de grupos, o Brasil enfrenta Grécia, França e Porto Rico. Se chegar em primeiro lugar, enfrentará China ou República Dominicana nas quartas de final. A Itália, considerada favorita ao título, pode encontrar o adversário nas semifinais.
“Eu diria que essas adversárias da primeira fase vão vir com a proposta de forçar o saque, porque sabem do estilo de jogo do Brasil. Com o passe na mão, fica difícil marcar nossa seleção. Precisamos ter cuidado com todas as equipes, especialmente com a França, que deu trabalho na VNL (vitória brasileira por 3 a 2), e o objetivo é passar em primeiro para facilitar o cruzamento“, advertiu Fabi.
Apesar de não ter conquistado o ouro, o Brasil tem marcado presença no pódio: obteve duas medalhas olímpicas (prata em Tóquio e bronze em Paris) e quatro segundos lugares na VNL desde 2017.
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Paula Pequeno enfatizou:
“A seleção está dentro do grupo das melhores do mundo. A cobrança sempre será pesada, e as redes sociais podem atrapalhar um pouco. Uma boa dose de paixão, paciência e inteligência emocional vai fazer com que os títulos venham na hora certa“, declarou Ana Paula.
O Mundial conta com 32 seleções, e a final está agendada para o dia 7 de setembro. O Brasil, que foi vice-campeão em quatro edições (1994, 2006, 2010 e 2022), continua em busca de uma vitória inédita que coroaria a geração atual.