O francês Dimitri Payet, meio-campista do Vasco, foi denunciado à polícia por crimes previstos na Lei Maria da Penha. A ex-amante, advogada catarinense Larissa Natalya Ferrari, de 28 anos, prestou queixa contra o jogador por violência física, moral, psicológica e sexual.
Os fatos foram narrados no último domingo (30/03) na Polícia Civil de União da Vitória, em 3 de abril, no Paraná, que encaminhou o caso para a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, na zona Oeste do Rio de Janeiro, onde solicitou em caráter de urgência medida protetiva pelos crimes previstos na Leia Maria da Penha (Lei 11.340/2006) de violência doméstica e familiar contra a mulher.

A advogada afirmou que teve um relacionamento extraconjugal em setembro de 2024 a março deste ano com Dimitri Payet, que é casado há 18 anos com uma francesa e tem quatro filhos. À polícia, Larissa sustentou que foi agredida após crises de ciúme do meio-campista do Vasco, ficando com marcas em seu corpo, além de sofrer violência física, moral, psicológica e sexual.

Segundo Larissa, os crimes ocorreram entre 25 de janeiro e 6 de fevereiro. Na queixa, ela relata que foi humilhada e atacada por Payet em razão de ciúmes. Advogada ainda enfatizou em seu depoimento que o francês fazia uso de pressão emocional para obter vantagem sexual.
“Os primeiros sinais das agressões foram em dezembro. Eu pedi dois ingressos para Vasco x Atlético-MG: um para mim e um para minha amiga. E a minha amiga postou uma foto dessa cortesia sem aparecer o nome dele e publicou no Instagram. E ele ficou muito bravo comigo. Foi a primeira vez que ele me ofendeu bastante, usou pressão psicológica comigo e foi a primeira vez que a gente discutiu”, declarou Larissa.

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Larissa disse que Payet mudou de atitude e afirma que passou a ter transtorno de personalidade borderline, que se caracteriza por alterações repentinas de humor e hipersensibilidade nas interações interpessoais. Ela declara que o atleta tinha conhecimento da situação e se beneficiou disso.

Dimitri Payet tinha conhecimento da minha paixão e de questões psicológicas, usando isso em meu desfavor. Ele conseguiu que eu colocasse minha cabeça no lixo, no vaso sanitário, bebesse minha própria urina e outras excentricidades sexuais.
“A partir desse dia, ele começou a comentar sobre palavras de punição, porque eu tinha decepcionado ele. Eu comecei a me sentir violada emocionalmente porque ele já começou a fazer essa pressão comigo. Na relação sexual, ele passou a me bater, pisar no meu rosto, no meu corpo. Eu ficava receosa de falar algo, porque eu sabia que aquilo era uma punição por eu ter errado e se eu não aceitasse a punição, eu poderia perder ele. Então, é, eu acabava aceitando”, disse.

Larissa, que é torcedora do Vasco desde a infância, relatou a um portal esportivo do Rio que os primeiros encontros com o atleta se deram através do Instagram. Depois, Payet solicitou seu WhatsApp, e posteriormente iniciaram encontros presenciais.

Larissa declarou que precisou deixar o Rio de Janeiro e, agora, está sob a supervisão de psicólogos e psiquiatras, além de fazer uso de medicamentos controlados para lidar com o trauma que enfrentou. E que sua intenção ao discutir a história é auxiliar mulheres em circunstâncias parecidas.

O caso é investigado e o jogador francês deve prestar depoimentos nos próximos dias sobre as denúncias. O clube carioca informou que não irá comentar o caso por enquanto.