Retrato das crianças que choram: a história por trás das obras mais sombrias dos anos 80

(Foto: reprodução)
Na década de 1980, uma pintura chamada “O Menino Chorando” virou um dos maiores mistérios do mundo das artes. A obra, assinada por Giovanni Bragolin, nome artístico do italiano Bruno Amadio, ganhou fama por supostamente trazer má sorte e estar ligada a uma série de incêndios na Europa, tudo ligado a macabra origem das pinturas.

Bragolin ficou conhecido por pintar quadros retratando crianças tristes e chorando. Ao todo, foram 27 obras produzidas entre os anos 1950 e 1970, que se espalharam pelo mundo. Mas a popularidade das pinturas aumentou mesmo quando começaram as histórias sobre uma suposta “maldição”.
A lenda começou a ganhar força em 1985, quando o jornal britânico The Sun publicou uma matéria sobre um incêndio em que o único objeto intacto no sinistro foi justamente um desses quadros. Depois disso, surgiram relatos parecidos em outras casas, o que fez o tabloide associar os retratos a desastres misteriosos.

Uma das versões da história diz que o menino retratado tinha medo de fogo e que Bragolin o fez chorar segurando fósforos acesos diante de seu rosto. Pouco tempo depois, o garoto teria morrido em um incêndio. O mais bizarro dessa versão, é que o garoto em questão seria o filho de Bragolin.
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Outra versão afirma que o artista teria feito um pacto com o demônio para que suas obras fizessem sucesso, mas em vez de barganhar sua alma, o pintor teria oferecido as almas dos daqueles que compravam os quadros.
Conforme a lenda se espalhava, novas versões surgiam. Alguns diziam que as crianças retratadas eram órfãs que morreram em um incêndio. Mas a mais bizarra de todas as histórias, fala que o choro das crianças era motivado por possíveis torturas.

Alguns acreditam que os olhos das crianças parecem estar levemente esbugalhados, como se uma mão invisível apertasse seus pescoços, ou como se os cachecóis fossem monstros que as devoram.
Com o medo espalhado, leitores começaram a enviar seus quadros para o The Sun, que chegou a fazer uma fogueira pública para queimá-los.
A verdade
No fim das contas, nenhuma das histórias foi comprovada. Especialistas acreditam que os quadros resistiam aos incêndios porque eram impressos em um tipo de madeira prensada de difícil combustão.
Mesmo assim, os “quadros das crianças chorando” segue como uma das lendas urbanas mais conhecidas, misturando arte, tragédia e mistério em uma história que ainda desperta curiosidade até hoje. No Brasil, a história ganhou popularidade após ser traduzida e publicada no site “sobrenatural”, que foi muito popular nos anos 2000 e hoje está fora do ar.
(*) Com informações do Mega Curioso e History Channel






