Em um momento inesquecível para o rock, Ozzy Osbourne e os integrantes originais do Black Sabbath se reuniram no último sábado (5/7) para um show apoteótico de despedida em Birmingham, cidade natal da banda. O evento “Back to the Beginning”, realizado no estádio Villa Park, foi marcado por emoção, nostalgia e homenagens de peso, tudo com renda revertida para ações de caridade.
Cinco anos após revelar o diagnóstico de Parkinson, Ozzy, hoje com 76 anos, subiu ao palco em um trono negro, visivelmente comovido com o carinho do público. Mesmo com a saúde debilitada, Ozzy cantou os grandes sucessos de sua carreira, desde as músicas com o Black Sabbath e também de sua bem sucedida carreira solo.
“Vocês não imaginam o que isso significa para mim. Obrigado do fundo do coração”, declarou o eterno “Príncipe das Trevas”, enquanto liderava clássicos da sua carreira como Crazy Train. O ponto alto da apresentação foi a canção “Mama, I´m Coming Home”, que emocionou não sou o cantor, como tem a platéia, que chorou diante da despedida de Ozzy dos palcos.
A apresentação reuniu os quatro membros originais do Sabbath; Ozzy, Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria), pela primeira vez em duas décadas. Eles encerraram a noite com sucessos que moldaram o heavy metal, incluindo War Pigs, Iron Man e Paranoid.
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Durante o dia, outros grandes nomes do rock e metal como Metallica, Guns N’ Roses, Slayer, Tool e Red Hot Chili Peppers celebraram o legado da banda. Em meio a headbangs, rodas de mosh e aplausos ensurdecedores, James Hetfield, do Metallica, resumiu o sentimento de todos: “Sem o Black Sabbath, não existiria Metallica”.
O superconcerto teve direção musical de Tom Morello, guitarrista das bandas Rage Against the Machine e Audioslave, e contou ainda com participações especiais de Ronnie Wood (Rolling Stones), Steven Tyler (Aerosmith), Chad Smith (RHCP), entre outros. “Quisemos criar o maior dia da história do heavy metal em homenagem à banda que começou tudo”, disse Morello à revista Metal Hammer.
Para muitos fãs, o evento foi um rito de passagem. Alguns viajaram de longe, outros venderam pertences para assistir à despedida. “O Ozzy salvou minha adolescência”, disse emocionado Runo Gokdemir, que trocou o carro por um ingresso.
O legado do Sabbath, que surgiu como contraponto sombrio à onda hippie dos anos 60, continua ecoando. “Eles canalizaram raiva e frustração em forma de arte”, destacou Lisa Meyer, curadora do projeto Home of Metal.
(*)Com informações da CNN Brasil e Whiplash