Faleceu na manhã de hoje, 21, o ator Pedro Paulo Rangel. Ele estava internado no CTI da Casa de Saúde São José, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para tratar de um quadro de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Ele tinha 74 anos e lutava contra a doença pulmonar, provocada pelo tabagismo, desde 2002.
Em novembro, Rangel foi internado para cuidar do seu quadro pulmonar. No último dia 14, sua condição se agravou e ele foi intubado.
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Rangel nasceu em junho de 1948 no Rio de Janeiro (RJ). Filho de funcionários públicos, se encantou com a atuação ainda na infância e começou a atuar em peças infantis. Numa delas, conheceu seu futuro colega e amigo Marco Nanini – os dois viriam a estudar juntos no Conservatório Nacional de Teatro, hoje a escola de teatro da UNIRIO.
Após trabalhar em várias peças, estreou na televisão em 1969 pela TV Tupi, na novela “Super Plá”. Três anos depois, fez sua primeira novela na Rede Globo: “Bicho do Mato”. Rangel também fez história na TV brasileira em 1975 ao protagonizar o primeiro nu masculino da televisão brasileira no papel de Juca Viana, em “Gabriela”.
Nos anos 80, o ator tornou-se um dos coadjuvantes mais queridos da TV na Globo, participando de programas como “Viva o Gordo” e “TV Pirata”, e na marcante novela “Vale Tudo”. Desde então, dentre seus papeis mais famosos estão o Adamastor em “Pedra Sobre Pedra” (1992), um dos primeiros personagens abertamente homossexuais da TV brasileira; o Calixto de “O Cravo e a Rosa” (2000), e Argemiro Falcão, irmão da vilã Bia Falcão, em Belíssima (2005).
Rangel também continuou trabalhando no teatro e em filmes. Embora tenha deixado as novelas em 2012, ainda continuou atuando na TV em séries e especiais. Seu último papel foi o de bibliotecário da Imperatriz Leopoldina na série “Independências” (2022), da TV Cultura.