O cantor e compositor Erasmo Carlos faleceu hoje, 22. Ele voltou a ser internado ontem no Hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, de onde teve alta no começo deste mês, e chegou a ser intubado, mas não resistiu. Ele tinha 81 anos.
O motivo da sua internação anterior era tratar uma síndrome edemigênica. A doença ocorre quando há um desequilíbrio das forças bioquímicas que mantêm os líquidos dentro dos vasos sanguíneos. Geralmente é causada por patologia cardíacas, renais e dos próprios vasos. Quando ele teve alta, chegou a comemorar com postagem nas redes sociais onde escreveu: “Ressuscitei no dia de finados”.
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Erasmo Esteves nasceu em 5 de novembro de 1941 na Tijuca, no RJ. Foi criado pela mãe solteira e só veio a conhecer seu pai com 23 anos de idade. Entrou para o mundo da música ainda jovem, motivado pela amizade com Tim Maia, e tomou gosto pelo rock’n’roll no final dos anos 1950. Ao formar sua primeira banda com Tim, juntou-se a eles Roberto Carlos. Erasmo então adotou seu nome artístico.
A parceria com Roberto levaria à criação de clássicos da música brasileira, e o impacto do movimento da Jovem Guarda os transformou em ídolos nacionais. Seu disco “Erasmo Carlos e os Tremendões”, de 1969, sedimentou seu apelido e foi um enorme sucesso de vendas. Pela década de 1970, fez sucesso também no cinema, aparecendo nos filmes “Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora” (1971) e “Os Machões” (1972). Nos anos 1980, seu disco “Mulher” também foi um grande sucesso. Músicas em novelas de sucesso também contribuíram para tornar Erasmo um dos ícones da música popular brasileira.
A causa da morte ainda não foi divulgada. Sua esposa Fernanda estava ao seu lado no momento da morte.