Entre sombras e silêncios: conheça os bastidores assustadores da rotina do guarda-noturno

Foto: Freepick
Neste domingo (19/10), se comemora o ‘Dia do Guarda-noturno’. Uma profissão perigosa, já que esses profissionais lidam com situações de tensão como em caso de invasões, roubos e outros. Mas se engana quem pensa que só o mundo físico rodeia esse público. O lado espiritual, de vez em quando, aparece para pregar uma ‘peça’ nos vigilantes da noite.
Joaquim Oliveira, de 61 anos, é o convidado especial do portal Rede Onda Digital para contar algumas histórias assustadoras e até cômicas vividas nos 30 anos de profissão.
Crianças no meio da noite
Joaquim está há quase 15 anos como vigilante-noturno em uma empresa de salgados de Manaus. Há poucos meses passou por um baita susto. Durante uma madrugada, ele acabou cochilando por alguns segundo e, de repente, se deparou com uma cena assustadora.
“Eu pesquei e quando abri o olho, avistei o fundo da empresa onde os funcionários batem ponto. Quando eu abri os olhos, eu vi umas quatro ou cinco crianças, como se fossem uns meninos pequenos correndo. Eu me assustei, porque eu sabia que lá não existia criança”, relata, enquanto ouvia gargalhadas dos ‘pequenos’.
Assustado, ele se levantou e percebeu que as ‘crianças’ estavam correndo para o meio dos caminhões, estacionados no terreno da empresa onde ele estava completamente sozinho.
“Eu fui já receoso né (gargalhou). Quando eu olhei, era um monte de gato brincando mas eu estava com tanto sono que estava vendo misura (expressão usada na Região Norte para descrever assombrações ou fantasmas)”, disse ele.
Esta não foi a primeira vez que ele passou por uma situação assustadora.
Barulhos de outro mundo
A próxima história se torna ainda mais assustadora após as seguintes informações:
“Já morreram duas pessoas lá dentro. Um foi ferida com uma ferramenta, e outro teve um ataque cardíaco fulminante. Um deles eu vi falecer, inclusive tentei ajudar, mas quando cheguei, ele já havia morrido”, iniciou o profissional antes de contar uma das histórias mais aterrorizantes da vida dele.
Durante a madrugada de uma segunda-feira, Joaquim se levantou para fazer uma ronda na empresa em que trabalhava na época. O guarda já havia ouvido relatos de assombrações, principalmente nos galpões, mas mal sabia o que esperava por ele nos próximos minutos.
“Eu ouvi um barulho tão forte que eu dei um pulo, me assustei. Aí eu afastei o portão pra ver se tinha alguém no local e não tinha ninguém”, iniciou o vigilante.
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Cristão, Joaquim Oliveira resumiu a situação como ‘algo espiritual’.
“Não é coisa boa. A gente sabe que é algo espiritual, que o inimigo, ele assusta”, disse.
Mas o caso não parou por aí.
“Numa outra noite eu passei pela mesma coisa. Eu ouvi como se fosse um pulo, também muito forte”, revelou.
E aí, você aguentaria horas de trabalho numa situação como essa?
‘Se acostuma com o medo’
Segundo o profissional, devido o tempo de serviço, o medo se torna algo banal perante a experiência.
“Por mais que eu sei que é perigoso, eu não tenho medo. Nesses trinta anos já trabalhei em muito lugar, no meio do rio Negro, pegando chuva, em muitos lugares mesmo e meio que eu já não consigo sentir temor, nem nada”, concluiu Joaquim.
