As principais notícias de Manaus, Amazonas, Brasil e do mundo. Política, economia, esportes e muito mais, com credibilidade e atualização em tempo real.
Rede Onda Digital
Ouça a Rádio 92,3Assista a TV 8.2

Relembre discos de rock que dividiram opiniões no lançamento

Relembre discos de rock que dividiram opiniões no lançamento

(Foto: reprodução)

Todo artista ou banda com uma extensa obra musical lança discos incríveis e marcantes. Porém, toda obra duradoura sofre críticas, principalmente artistas com carreiras lendárias.

No Dia Mundial do Rock relembramos os melhores discos. Mas hoje vamos listar aquelas obras que receberam críticas negativas na época de seus lançamentos, sem necessariamente estar de acordo com os fãs.

St. Anger – Metallica

(Foto: reprodução)

O oitavo disco do Metallica, lançado em 2003 foi o ápice de uma fase controversa da banda. Embora tenham ganhado muito dinheiro nos anos 90, os fãs do Metallica acusaram a banda de se vender, lançando trabalhos como Load e ReLoad, que pouco refletiram no trash metal que tornou o quarteto famoso.

O disco St. Anger teve o objetivo que recuperar a sonoridade da banda marcou o momento mais difícil do grupo. Entre os problemas de alcoolismo do vocalista James Hetfield e as brigas constantes da banda, St. Anger levou um ano para ficar pronto. Músicas com trechos repetitivos, ausência de solos de guitarra e a sonoridade questionável da bateria gravada por Lars Ulrich fazem de St. Anger o menos aceito entre fãs e público.

Todo o processo de produção e gravação do disco foi registrado no documentário “Some Kind of Monster” que expos o quanto o grupo formado James Hetfield, Lars Ulrich e Kirk Hammet estava desgastado e a beira do fim.

Você Não Precisa Entender – Capital Inicial

(Foto: reprodução)

O Capital Inicial passou as duas primeiras décadas de sua carreira lutando pelo seu espaço. O primeiro disco da banda, lançado em 1986 teve boa repercussão, muito por conta das composições “Música Urbana” e “Fátima”, escritas por Renato Russo.

Porém, nos anos seguintes, o grupo não conseguiu repetir o sucesso. O disco seguinte, Independência, vendeu menos que o de estreia, e na tentativa de renovar o som da banda, em 1988 veio o disco “Você Não Precisa Entender”, que, até hoje, os fãs ainda não entenderam.

Do som mais voltado pro punk rock, o Capital apostou em ritmos mais dançantes, baladas românticas. É nesse disco que a banda gravou “Fogo”, um dos hits mais famosos do Capital.

Virtual XI – Iron Maiden

(Foto: reprodução)

Lançado em 1998, Virtual IX, do Iron Maiden, marcou o declínio da lendária banda de heavy metal britânica, que já enfrentava a pedrada da crítica com o seu vocalista, Blaze Bayley, que substituiu Bruce Dickinson em 1994.

O primeiro disco com Bayley, The X Factor (1996), embora hoje seja considerado um bom álbum, foi massacrado pela crítica devido o tom mais sombrio das músicas. Combinado com a uma turnê difícil, com o novo vocalista cantando mal e errando as letras dos clássicos, o Maiden passou a ser alvo dos críticos.

O resultado foi Virtual XI, que tentou resgatar a sonoridade da era oitentista e falhou. Se hoje os fãs reconhecem The X Factor como um trabalho inspirado e interessante, o tempo não fez o mesmo com Virtual XI.

O resultado foi a turnê mais difícil do Maiden, com shows cancelados e vendas fracas. O resultado foi a demissão de Blaze Bayley em 1999 e o retorno de Bruce Dickinson, que trouxe o Iron Maiden de volta ao sucesso, sendo uma banda importante até os dias atuais.

Tudo ao mesmo tempo agora – Titãs

(Foto: Reprodução)

Nos anos 80 os Titãs se consagraram como uma das mais bem sucedidas bandas de rock, mas os anos 90 começaram não tão bem para o grupo.

Após o sucesso de Õ Blesq Blom, de 1989, a banda paulista, que vinha apostando cada vez mais na mistura de sons eletrônicos com rock, decidiu voltar para o básico e fazer um disco mais direto, cru, e consequentemente, mais pesado. O resultado foi Tudo Ao Mesmo Tempo Agora, de 1991.

Deixando a pegada pop de lado, a banda apostou em guitarras mais viscerais e letras mais contundentes. Os Titãs desagradaram a crítica, que se escandalizou com músicas com títulos como “Clitóres”, ou refrões escatológicos, como os das canções “Isso para mim é perfume” e “Saia de Mim”.

No entanto, esse é um caso onde, a obra em si desagradou apenas a crítica, que não entendeu a proposta do álbum e fez resenhas desaprovando o trabalho. Tudo ao Mesmo Tempo Agora costuma figurar no top 5 de muitos fãs da banda.

Born Again – Black Sabbath

(Foto: reprodução)

Depois que Ozzy Osbourne deixou o grupo, no inicio dos anos 80, o Black Sabbath teve seguidas trocas de membros a todo momento, inclusive de vocalista. Born Again de 1983, marcou a entrada do terceiro cantor, no caso a voz do Deep Purple, Ian Gillan.

Outros problemas são apontados no álbum, como a capa. Fãs repercutem que nem a banda, nem Ian Gillan, que saiu do Sabbath após a turnê, sendo substituído por Glen Hughes, gostam desse disco.

Kavookavala – Raimundos

(Foto: reprodução)

A saída de Rodolfo Abrantes do Raimundos, em 2001, foi uma surpresa para os fãs da banda e um golpe para o grupo, que contava com Digão, Canisso e Fred. No auge do sucesso e sem seu vocalista e principal compositor, a banda parecia fadada ao fim.

Porém, o guitarrista Digão assumiu os vocais do grupo, e na pressa de competir com a nova banda de Rodolfo, o Rodox, o Raimundos entrou em estúdio para gravar Kavookavala.

Severino – Paralamas do Sucesso

(Foto: reprodução)

Outra banda de sucesso dos anos 80 que sofreu negativas nas vendas na década seguinte foi o Paralamas do Sucesso. Depois de conquistar o Brasil com um Ska e rock swingado, em 1994 o trio liderado por Hebert Viana decidiu abandonar a sonoridade mais pop para algo mais sombrio, resultando no disco Severino, de 1994.

Com um disco mais engajado em temas sociais-políticos, mesclando rock com temas nordestinos, os fãs estranharam a levada do álbum. A crítica especializada acusou o Paralamas de tentar resgatar a tropicália dos anos 60, mas de forma artificial.

Mesmo com um alto investimento, com gravação na Inglaterra e contando com a participação do guitarrista do Queen, Brian May, Severino foi um trabalho com menos aceitação entre discografia do Paralamas. Apesar do disco não ter sido bem nas vendas, a turnê foi um sucesso, gerando o cd ao vivo “Vamo Bater Lata”.