A filiação do governador do Amazonas Wilson Lima (PSC) ao União Brasil, fusão do Partido Social Liberal (PSL) com o Democratas (DEM), deve selar o domínio da recém-criada legenda no cenário político amazonense. A avaliação é do ex-dirigente municipal do PSL, vereador Diego Afonso.
“Com a vinda do governador, o União Brasil já nasce como o maior do estado. Temos provavelmente a maior bancada federal e estadual, além de senadores. A gente vê com muito entusiasmo o que discutimos a nível nacional – nos tornarmos o maior partido do país”, comemora.
O otimismo baseia-se também na rápida recuperação do governador nas pesquisas de intenção de voto para as eleições majoritárias deste ano. A consulta divulgada nessa terça-feira (8) pela Perspectiva Mercado & Opinião indica que, no intervalo entre dezembro de 2021 a março de 2022, Wilson Lima passou de 17% para 22,5% nas intenções de votos. Já Amazonino Medes (sem partido) avançou de 28,5% para 33,4%, o que sinaliza uma reprise do segundo turno de 2018.
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De acordo com Afonso, as filiações nos estados são definidas pela representação nacional do União Brasil. Todos os parlamentares que integravam o DEM e do PSL foram automaticamente incorporados ao União Brasil. O vereador afirmou ainda que a disputa pelo comando dos diretórios estadual e municipal da legenda está acirrada. “Estamos de sobreaviso para que permaneçamos na liderança do partido no Amazonas e do diretório municipal”, disse.
Membro da bancada de apoio ao governador da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Rodrigo Guedes (PSC) afirmou que há um impedimento legal à transição de vereadores para outros partidos. Segundo o parlamentar, a janela partidária contempla apenas deputados, portanto ainda não há condições para afirmar se a base deve seguir a direção do chefe do Executivo.
“Legalmente, não tenho autorização para sair, exceto em caso de expulsão ou carta emitida pelo partido. Vou conversar com o PSC. Quero saber quais os planos deles para mim, e vou informá-los dos meus planos“, declarou.
Daniel Amorim, da redação