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Quase 19% dos infectados por Covid-19 têm sintomas persistentes, diz pesquisa

Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde mostra que 18,9% das pessoas que já foram infectadas pela Covid-19 relatam sintomas persistentes da doença, como cansaço, perda de memória, ansiedade, dificuldade de concentração, dores articulares e perda de cabelo. Os sintomas pós-Covid aparecem com mais frequência entre mulheres e indígenas.

A pesquisa “Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil”, apresentada nesta quarta-feira (18/12), mostra que mais de 28% da população brasileira, o equivalente a 60 milhões de pessoas, relatou ter sido infectada pela doença.

Outros 36,4% do grupo que enfrentou o vírus citam que manifestaram sintomas pós-Covid no passado. As queixas mais frequentes são de ansiedade, mencionada por 33,1% daqueles que sentem ou sentiram sintomas persistentes da infecção, cansaço (25,9%), dificuldade de concentração (16,9%) e perda de memória (12,7%).

“Segundo a pesquisa, os impactos da pandemia são grandes e duradouros, com acirramento de desigualdades históricas em saúde”, afirma o Ministério da Saúde. Um dos objetivos da pasta é elaborar políticas direcionadas ao tratamento da Covid longa.

De acordo com o estudo, a vacinação contra a Covid-19 teve adesão de 90,2% dos entrevistados, que receberam pelo menos uma dose e 84,6% completou o esquema vacinal com duas doses. A vacinação foi maior na Região Sudeste, entre idosos, mulheres e pessoas com maior escolaridade e renda.

Entre os entrevistados, 57,6% afirmaram confiar na vacina contra a Covid-19, mas a desconfiança das informações sobre o imunizante foi relatada por 27,3% da população. Outros 15,1% disseram ser indiferente ao assunto.

Entre aqueles que não se vacinaram, 32,4% disseram não acreditar na vacina e 0,5% não acreditam na existência do vírus. Outros 31% relataram que a vacina poderia fazer mal à saúde; 2,5% informou já ter pego Covid-19 e 1,7%, outros problemas de saúde.

Pesquisa

O Epicovid 2.0 foi conduzido em 133 cidades, com uma amostra de 33.250 entrevistas. As pessoas entrevistadas foram selecionadas aleatoriamente, com apenas uma pessoa por residência respondendo ao questionário.

Sob coordenação do Ministério da Saúde, a pesquisa foi realizada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com participação da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Getulio Vargas (FGV).

Os dados completos da pesquisa ainda não foram divulgados. O ministério apresentou à imprensa um resumo nesta quarta-feira (18/12).


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Impactos sociais e econômicos

O levantamento também avaliou impactos sociais e econômicos da pandemia. As entrevistas foram feitas a partir de visitas domiciliares.

Cerca de 15% dos entrevistados disseram que ao menos um familiar morreu devido à Covid-19. Ainda relataram redução na renda por causa da pandemia 48,6% dos entrevistados, e 47,4% disseram que a pandemia acarretou insegurança alimentar.

A Epicovid 2.0 ainda apontou que 34,9% da população perdeu o emprego por causa dos efeitos econômicos da crise sanitária. Além disso, 21,5% dos entrevistados relataram ter interrompido os estudos neste período.

O epidemiologista Pedro Hallal, que liderou a pesquisa, afirmou que a população mais pobre teve maior risco de hospitalização pela Covid. Ainda apontou variações sobre o impacto da doença em cada região do país.

No Sudeste, 27% da população diz ter sido infectada, enquanto o percentual sobe a 35,1% da população do Norte.

O estudo ainda aponta que 7,6% dos moradores dos estados do Nordeste que dizem ter sido infectados ainda relatam que foram hospitalizados. Na região Sudeste, 3,1% daqueles que citaram a infecção também dizem que precisaram deste tipo de internação.

*Com informações da Agência Brasil e Folha de S.Paulo

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