Nesta segunda (24/3), é celebrado o Dia Mundial da Tuberculose, em referência à data em que o médico alemão Robert Koch anunciou que havia descoberto a causa da doença, o bacilo de Koch, que foi batizado em sua homenagem.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 10 milhões de pessoas são diagnosticadas com tuberculose por ano no mundo. A doença é a principal causa de morte infecciosa no planeta, mesmo sendo prevenível e curável.
No Brasil, a doença é principalmente associada ao encarceramento. De acordo com pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), as taxas da tuberculose são 26 vezes mais altas em pessoas privadas de liberdade.
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Diagnóstico da tuberculose
Os principais sintomas da tuberculose são tosse prolongada, febre, sudorese e emagrecimento. Porém, eles podem ser confundidos com os de outras doenças, o que dificulta o diagnóstico.
A orientação do Ministério da Saúde, por exemplo, é de que sejam investigadas para tuberculose todas as pessoas que apresentarem sintomas respiratórios por três semanas ou mais.
A doença, no entanto, só vai provocar tosse se estiver atacando o pulmão — sendo, nesse caso, é chamada de tuberculose pulmonar.
O Ministério da Saúde elenca o teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB), conhecido como baciloscopia, como principal método de diagnóstico, ao lado da cultura da bactéria e do teste de sensibilidade aos fármacos, que é crucial para a prescrição dos medicamentos corretos.
O médico também deve fazer uma análise clínica e pedir uma radiografia do tórax do paciente para complementar o diagnóstico.
Outro método oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é o teste de liberação de interferon-gama (Igra), indicado especialmente às pessoas vivendo com HIV, crianças contatos de casos de tuberculose ativa e pessoas candidatas a transplante de células-tronco.
O Ministério da Saúde diz que esse método possui uma vantagem, a de não requerer que o paciente volte ao ponto de contato do SUS para confirmar o resultado. Raphael Oliveira, Gerente de Marketing Regional LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN, fabricante do teste, explica:
“A partir de um resultado positivo, a pessoa já é direcionada para o tratamento, que pode ser feito pelo próprio SUS, com medicamentos e duração variáveis, compatíveis com a fase e a gravidade em que a doença foi diagnosticada”.
Com informações de CNN Brasil.